Os relatórios contábeis anuais e seu papel na instituição do “eu” organizacional
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este artigo se inscreve na linha argumental dos
estudos interdisciplinares sobre os relatórios corporativos, com
ênfases no corporate self, pelo que aprofunda o interrogante:
como são usados os relatórios contábeis anuais para instituir
o “eu” da organização econômica moderna no contexto
da contemporaneidade? Em consequência disto, desde uma
perspectiva interpretativa, vai-se à psicanálise lacaniana junto
com a apropriação de categorias conceituais concebidas no
seio da sociologia e da filosofia contemporâneas, para chamar
atenção sobre as características nas que se apoia o desenvolvimento
do “eu” e a subjetividade no espaço da contemporaneidade.
Isto com o fim de fazer inteligível o papel instituinte dos
relatórios contábeis anuais à margem da dimensão econômica
e comunicativa a que estão adscritos hoje. Desta maneira,
abordam-se e caracterizam-se, com base no caso de uma empresa
colombiana, os mecanismos que fazem dos relatórios
contábeis anuais espelhos identitários nos quais se apoia
o processo de institucionalização do “eu” organizacional, ao
mesmo tempo em que cumprem a função de mostrar o texto
que faz das organizações econômicas modernas como se adviessem
em uma sorte de “cidadãos corporativos”.
“eu”, subjetividade, relatórios contábeis anuais, discurso contábil, identidade organizacional“yo”, subjetividad, informes contables anuales, discurso contable, identidad organizacional“self”, subjectivity, annual accounting reports, accounting discourse, organizational identity