Resumo
O presente trabalho tem por objetivo identificar a estrutura de capital das empresas de capital aberto do Brasil, Chile e México, na perspectiva da Teoria Pecking Order e da Assimetria da Informação, no período de 1999 a 2013. A pesquisa quanto aos objetivos caracteriza-se como descritiva, quanto aos procedimentos, documental e quanto a abordagem do problema, quantitativa. Para o tratamento dos dados são utilizadas técnicas de correlação linear, regressão linear múltipla, com dados em painel. A amostra é composta por 40 empresas brasileiras, 39 empresas chilenas e 23 empresas mexicanas, com 1.530 observações. Os determinantes que apresentam resultados significantes para a estrutura de capital das empresas são evidenciados a partir de indicadores de nível de endividamento contábil e financeiro. Os resultados demonstram que as empresas brasileiras apresentam a maior oscilação e incremento no endividamento total contábil no período pesquisado (1999-2013), seguida do Chile e por fim México e que a rentabilidade das empresas brasileiras, chilenas e mexicanas diminui com o passar do tempo. Conclui-se que a estrutura de capital das empresas brasileiras, chilenas e mexicanas, nesse lapso temporal de 15 anos, é explicada, principalmente, pela teoria Pecking Order, mas também pela Assimetria da Informação, com menor ênfase. Sugere-se para futuras pesquisas a comparabilidade com painel dinâmico.
Bastos, D. D. e Nakamura, W. T. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas no Brasil, México e Chile no período 2001-2006. Revista Contabilidade & Finanças, 20(50), 75-94.
Bastos, D. D., Nakamura, W.T. e Basso, L. F. C. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas na América Latina: um estudo empírico considerando fatores macroeconômicos e institucionais. Revista de Administração Mackenzie, 10(6), 47-77.
Brito, G. A. S., Corrar, L. J. e Batistella, F. D. (2007). Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, 18(43), 9-19.
Chen, J. J. (2004). Determinants of Capital Structure of Chinese-listed Companies. Journal of Business Research, 57(12), 1341-1351.
Corrar, L. J., Paulo, E. e Dias Filho, J. M. (2007). Análise multivariada para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. São Paulo: Atlas.
Creswell, J. W. (2003). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2ª edição. São Paulo: Artmed.
David, M., Nakamura, W. T. e Bastos, D. D. (2009). Estudo dos modelos Trade-Off e Pecking Order para as variáveis endividamento e Payout em empresas brasileiras (2000-2006). Revista de Administração Mackenzie, 10(6), 132-153.
Delcoure, N. (2007). The determinants of capital structure in transitional economies. International Review of Economics & Finance, 16(3), 400-415.
Donaldson, G. (1961). Corporate debt capacity: A study of corporate debt policy and the determination of corporate debt capacity. Boston: Harvard Graduate School of Business Administration.
Fama, E. F. e MacBeth, J. D. (1973). Risk, return, and equilibrium: Empirical tests. Journal of Political Economy, 81(3), 607-636.
Frank, M. Z. e Goyal, V. K. (2003). Testing the Pecking Order Theory of Capital Structure. Journal of Financial Economics, 67(2), 217-248.
Greene, W. H. (2008). Econometric analysis. 6th ed. New Jersey: Prentice Hall.
Jensen, M. (1986). Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers. The American Economic Review, 76(2), 323-329.
Junqueira, L. R., Oliveira, J. L., Bressan, A. A. e Bertucci, L. A. (2010). Alavancagem financeira como estratégia de financiamento do processo de crescimento de empresas brasileiras de capital aberto no período 1995-2002. Revista Economia & Gestão, 10(23), 23-39.
Kayhan, A. e Titman, S. (2007). Firms’ histories and their capital structures. Journal of Financial Economics, 83(1), 1-32.
Köksal, B. e Orman, C. (2015). Determinants of capital structure: Evidence from a major developing economy. Small Business Economics, 44(2), 255-282.
Leland, H. E. e Pyle, D. H. (1977). Informational asymmetries, financial structure, and financial intermediation. The Journal of Finance, 32(2), 371-387.
Marcon, R., Grzebieluckas, C., Bandeira-de-Mello, R. e Muller, R. A. (2007). O comportamento da estrutura de capital e a performance de firmas brasileiras, argentinas e chilenas. Revista de Gestão, 14(2), 33-48.
Medeiros, O. R. C. e Daher, C. E. (2008). Testando as teorias alternativas sobre a estrutura de capital nas empresas brasileiras. Revista de Administração Contemporânea, 12(1), 177-199.
Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39(3), 187-221.
Myers, S. C. e Majluf, N. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Financial Economics, 13(2), 187-222.
Modigliani, F. e Miller, M. (1958). The costs of capital, corporation finance and the Theory of Investment. American Economic Review, 48(3), 261-297.
Modigliani, F. e Miller, M. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: A correction. American Economic Review, 53(3), 433-443.
Nakamura, W. T., Martin, D. M. L., Forte, D., Carvalho Filho, A. F., Costa, A. C. F. e Amaral, A. C. (2007). Determinantes de estrutura de capital no mercado brasileiro – análise de regressão com painel de dados no período 1999-2003. Revista Contabilidade e Finanças, 18(44), 72-85.
Nunkoo, P. K. e Boateng, A. (2010). The empirical determinants of target capital structure and adjustment to long-run target: Evidence from Canadian firms. Applied Economics Letters, 17(10), 983-990.
Ozkan, A. (2001). Determinants of capital structure and adjustment to long run target: Evidence from UK Company Panel Data. Journal of Business Finance & Accounting, 28(1),175-198.
Rajan, R. G. e Zingales, L. (1995). What do we know about capital structure? Some evidence from international data. The Journal of Finance, 50(5), 1421-1460.
Ross, S. A. (1977). The determination of financial structure: The incentive signalling approach. Bell Journal of Economics, 8, 23-40
Shyam-Sunder, L. e Myers, S. (1999). Testing static trade-off against pecking order models of capital structure. Journal of Financial Economics, 51(2), 219-244.
Titman, S. e Wessels, R. (1988). The determinants of capital structure choice. The Journal of Finance, 43(1), 1-19.
Vieira, E. (2013). Determinantes da estrutura de capital das empresas portuguesas cotadas. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 12(1), 38-41.
El aval sobre la intervención de la obra (revisión, corrección de estilo, traducción, diagramación) y su posterior divulgación se otorga mediante una licencia de uso y no a través de una cesión de derechos, lo que representa que la revista y la Pontificia Universidad Javeriana se eximen de cualquier responsabilidad que se pueda derivar de una mala práctica ética por parte de los autores. En consecuencia de la protección brindada por la licencia de uso, la revista no se encuentra en la obligación de publicar retractaciones o modificar la información ya publicada, a no ser que la errata surja del proceso de gestión editorial. La publicación de contenidos en esta revista no representa regalías para los contribuyentes.