Publicado Dec 18, 2020



PLUMX
Almetrics
 
Dimensions
 

Google Scholar
 
Search GoogleScholar





##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Resumo

O estudo examina a Matrícula de Tributos como elemento de contabilização tributária asteca, dentro da dimensão da Nova História da Contabilidade (NHC), com abordagem de pesquisa na História da Cultura Material. A pesquisa classifica-se como histórica qualitativa, com procedimentos de análise bibliográfica e documental, utilizando documentos primários como a Matrícula de Tributos e o Códice Mendoza. Identificou-se que a Matrícula de Tributos foi um objeto material criado para impor uma ordem tributária incontestável, refletidora do poder divino e hereditário de Montezuma. Esse objeto serviu para a criação, pelos hispânicos, do Códice Mendoza, que seria utilizado para apresentar as principais características da sociedade asteca ao imperador espanhol. A análise da Matrícula de Tributos e do Códice Mendoza permitiu identificar os inter-relacionamentos entre culturas, destacando a Matrícula como elemento tradutor do poder imperial, tanto pelo aspecto arrecadatório, como hierárquico da sociedade asteca. O estudo desvendou o cenário sociopolítico que originou as práticas contábeis tributárias, não focando na técnica do registro, mas examinando a prática em que a Contabilidade estava inserida na sociedade asteca. A partir desse estudo, é possível vislumbrar a análise de outros objetos da cultura material, como os Quipus incas e os códices maias, seguindo os conceitos da NHC.

Keywords

Matrícula de Tributos, Códice Mendoza, Tributos Astecas, Contabilização de TributosMatrícula de Tributos, Códice Mendoza, Tributos Aztecas, Contabilización de TributosMatrícula de Tributos, Codex Mendoza, Aztec tributes, Accounting for Taxes

References
Anthônio, J. (2017). O Barroco Latino e o olhar contrafeito. Cadernos de Estudos Culturais, 4(08). Disponível em: https://desafioonline.ufms.br/index.php/cadec/article/view/3530

Barros, J. D. A. (2011). A Nova História Cultural–considerações sobre o seu universo conceitual e seus diálogos com outros campos históricos. Cadernos de História, 12(16), 38-63. https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2011v12n16p38

Bedoya-Salazar, C., Dreisigacker, S., Hearne, S., Franco, J., et al. (2017). Genetic diversity and population structure of native maize populations in Latin America and the Caribbean. Plos one, 12(4), 1-21, San Francisco, USA. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0173488

Berdan, F. F. (1976). La organización del tributo en el imperio azteca. Estudios de cultura náhuatl, 12, 185-195. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3833579

Berdan, F., & Anawalt, P. R. (1997). The Essential Codex Mendoza. Univ of California Press. https://doi.org/10.1017/S0956536100001528

Biblioteca Digital Mundial. (2019, junho). Rolo de tributos. Disponível em: https://www.wdl.org/pt/item/3248/view/1/20/

Bodleian Libraries. (2019, maio). Codex Mendoza. Disponível em: https://digital.bodleian.ox.ac.uk/inquire/Discover/Search/#/?p=c+0,t+,rsrs+0,rsps+10,fa+,so+ox%3Asort%5Easc,scids+,pid+2fea788e-2aa2-4f08-b6d9-648c00486220,vi+17620bf5-967a-4b46-a33b-da1e4bb51fa8

Burke, P. (1992). A nova história, seu passado e seu futuro. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP. Disponível em: http://etnohistoria.fflch.usp.br/sites/etnohistoria.fflch.usp.br/files/Burke_Nova_Historia.pdf

Burke, P. (1997). A escola dos Annales (1929-1989). São Paulo: UNESP.

Burke, P. (2005). O que é história cultural? Rio de Janeiro: Zahar.

Campos, F, & Claro, R. (2013). Oficina de História, 1.ed. São Paulo: Leya.

Carmona, S. Ezzamel, M. & Gutiérrez, F. (2004). Traditional and New Accounting History Perspectives. DE COMPUTIS Revista Española de Historia de la Contabilidad, 1(1), 24-53. http://dx.doi.org/10.26784/issn.1886-1881.v1i1.239

Chartier, R. (1995). Cultura popular: revisitando um conceito historiográfico. Revista Estudos Históricos, 8(16), 179-192. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php /reh/article/view/2005

Chartier, R. (2010). Escutar os mortos com os olhos. Estudos avançados, 24(69), 6-30. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142010000200002&script=sci_arttext

Cuervo, A. C. (2015). Organización política y expansión militar en el Imperio Azteca. Grado en Historia, Facultad de Filosofíay Letras, Universidad de Valladolid. Disponível em: https://uvadoc.uva.es/handle/10324/16470

Esteve, E. H. (1997). História da contabilidade: passado rumo ao futuro. Revista de Contabilidade e Comércio, Figueira da Foz, Portugal, 55(216). Disponível em: http://www.apotec.pt/fo%ADtos/editor2/HISTORIADACONTABILIDADE.pdf

Fagundes, N. J. (2007). Origem do Homo sapiens e sua chegada às Américas: uma contribuição da antropologia molecular. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/10960

Flores, C. T. (2012). Historia activa de Mexico. México DF: Editorial Progreso.

Gomes, D. (2008). The interplay of conceptions of accounting and schools of thought in accounting history. Accounting History, [S.L], 13(4), 479-509. https://doi.org/10.1177/1032373208095480

Guarinello, N. L. (2003). Uma morfologia da História: as formas da História Antiga. Politeia, 3(1), 41-62. Disponível em: https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/2454203/mod_resource/content/1/Guarinello%202003%20-%20Uma%20morfologia%20da%20 História.pdf

Hodge, M. G. (1998). Archaeological Views of Aztec Culture. Journal of Archaeological Research, 6(3), 197-238. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1023/A:1022876304931

Huerta, A., & Berthier, E. (2004). Matrícula de tributos: un análisis. Antropología. Boletín Oficial del Instituto Nacional de Antropología e Historia, 73, 70-83. Disponível em: https://www.revistas.inah.gob.mx/index.php/antropologia/article/view/3002

Hunt, L. (1992). A nova história cultural. Tradução de Jefferson Luís Camargo. Revista de História, 133, 147-151. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i133p147-151

Iglésias, F. (1992). Encontro de duas culturas: América e Europa. Estudos avançados, 6(14), 23-37. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010340141992000100003&script=sci_arttext
Kenney, K. (2015). Ancient Aztecs (Ancient Civilizations). Minesot: Essential Library.

Maia, A. M. R. Costa, E., Padilha, M. I., & Borenstein, M. S. (2011). Pesquisa Histórica: possibilidades teóricas, filosóficas e metodológicas para análise de fontes documentais. Revista Eletrônica Here, 2(1), 137-149. Disponível em: https://www.ets.ufpb.br/pdf/2013/2%20Metodos%20quantitat%20e%20qualitat%20-%20IFES/Livros%20de%20Metodologia/PESQUISA%20HISTÓRICA%20-%20POSSIBILIDADES%20TEÓRICAS,%20FILOSÓFICAS%20E%20METODOLÓGICAS%20PARA%20ANÁLISE%20DE%20FONTES%20DOCUMENTAIS.pdf

Martín, F. Q. (2006). Historia de la Contabilidad: Una revisión de las Perspectivas Tradicionales y Críticas de Historiografía Contable. Revista Facultad de Ciencias Económicas - Investigación y Reflexión, Colômbia, 14(1), 187-202. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/909/90900110.pdf

Martins, E. H. G. (2017, agosto). Conquistas mexicas, conquistas castelhanas: a construção de uma crônica castelhana alternada com textos pictoglíficos indígenas na seção histórica do códice Mendoza. Anais – I Congresso de América Colonial – Historiografia, Acervos e Documentos Laboratório de Estudos Americanos – LEA. Campinas. Disponível em: http://paineira.usp.br/cema/images/ProducaoCEMA/EduardoHenriqueGorobetsMartins/Conquistasmexicasconquistascastelhanasaconstrucaodeumacronicacastelhana.pdf

Marty, L. (2006). Ancient Aztecs. Lorenz Educational Press, Dayton, OH. Disponível em: https://etd.ohiolink.edu/pg_10?0::NO:10:P10_ACCESSION_NUM:ucin1243014144

Melo, J. J. P. (2013). O império asteca e as escolas para a formação de guerreiros e sacerdotes. Série-Estudos-Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, 23. Disponível em: https://serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos/article/view/268

Miller, P. (1994). Accounting as a Social and Institutional Practice: An Introduction, in A. Hopwood & P. Miller (eds.), Accounting as Social and Institutional Practice (pp. 1-39), Cambridge: University Press.

Morais, I. M. B. (2006). A história vista de baixo: a visão Asteca da conquista Espanhola. Ameríndia-História, cultura e outros combates, 2(1), 12. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/13915

Núñez, J. C. (1968). En Códices Mexicanos. Notas y comentários basados em Francisco A. Lorenzana y Códice Mendocino. Edición fac-similar. México DF: FCE.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE (2019). Revenue Statistics in Latin America and the Caribbean 2019. Recuperado de: https://www.oecd.org/tax/tax-policy/revenue-statistics-in-latin-america-and-the-caribbean-24104736.htm

Padilha, M. I. C., & Borenstein, M. S. (2005). O método de pesquisa histórica na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 14(4). Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/714/71414415.pdf

Pedroza, J. J. C. (1998). Historia activa de México. México DF: Editorial Progreso.

Petroni, M. C. A. (2004). Pensando as sociedades pré-hispânicas. Um estudo sobre a sociedade mexica e a conquista espanhola. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 14, 259-276. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2004.89671

Portilla, M. L. (2003). Visión de los vencidos. Universidad Nacional Autónoma de México, México.

Prown, J. D. (1982). Mind in matter: An introduction to material culture theory and method. Winterthur portfolio, 17(1), 1-19. Disponível em: https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/496065?journalCode=wp

Rede, M. (1996). História a partir das coisas: tendências recentes nos estudos de cultura material. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 4(1), 265-282. https://doi.org/10.1590/S0101-47141996000100018

Rojas, J. L. (1995). Los libros pictográricos de tributos: Códice Mendoza y Matrícula de Tributos. Universidad Complutense de Madrid, Madrid. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=121002

Rojas, J. L., & Batalla, J. J. (2008). Los números ocultos del Códice Mendoza y la Matrícula de Tributos/The hidden numbers of the Codex Mendoza and the Matrícula de Tributos. Revista Española de Antropología Americana, 38(2), 199-206. Disponível em: https://revistas.ucm.es/index.php/REAA/article/view/REAA0808220199A

Ronco, A. P., & Martorelli, B. C. P. (2008). A Educação através dos Códices Astecas. Semioses, 2(1), 118-130. Disponível em: https://silo.tips/download/a-educaao-atraves-dos-codices-astecas

Rosado, J. J. B. (2007a). The Scribes who Painted the Matrícula de Tributos and the Codex Mendoza. Ancient Mesoamerica, 18(1), 31-51. https://doi.org/10.1017/S0956536107000077

Rosado, J. J. B. (2007b). “Matrícula de tributos” y “Códice Mendoza”: la autoría de un mismo “maestro de pintores” para los folios 6-R a 11-V del primero y la totalidad del segundo. In: Anales del Museo de América. Subdirección General de Documentación y Publicaciones, 9-20. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2570721

Salazar, P. A., & López, O. R. (2015). La luz en la cultura Azteca-Mexica. Ingenierías, 18(8). Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5247957

Santos, A. M. (2013). A diferença na reescrita da violência colonial. Interdisciplinar-Revista de Estudos em Língua e Literatura, 13, 73-80. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/1164

Silva, A. C. R. (2010). Metodologia da Pesquisa aplicada à Contabilidade, 3a ed. São Paulo: Atlas.

Smith, M. E. (2015). The Aztec Empire. In A. Monson & W. Scheidel (eds.). Fiscal regimes and the political economy of premodern states. Cambridge University Press.

Smith, M. E., & Hicks, F. (2016). Inequality and Social Class in Aztec Society (pp. 423-436). The Oxford Handbook of the Aztecs.

Soustelle, J. (2002). A civilização asteca. Rio de Janeiro: Zahar.

Tarlton Law Library (2018, novembro). Aztec and Maya Law. Aztec Commercial and Tax Law. Recuperado de: http://tarlton.law.utexas.edu/aztec-and-maya-law/aztec-commercial-and-tax-law.

Tello, F. M. (2012). El desastre de la documentación indígena durante la invasión-conquista española en Mesoamérica. LIS Critique (Library and Information Science Critique): Journal of the Sciences of Information Recorded in Documents (Crítica Bibliotecológica: Revista de las Ciencias de la Información Documental), 4(2), 20-32. Disponível em: http://eprints.rclis.org/16985/
Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). (2019, junho). Motecuhzoma ante la conquista. Recuperado de: http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libros/historias_conquista/438a_04_04_MotecuhzomaConquista.pdf

Valle, P. (2017). La Lámina VIII del Códice de Tlatelolco. Una propuesta de lectura. Dimensión Antropológica, 2, 7-19. Disponível em: https://www.dimensionantropologica.inah.gob.mx/?p=1556
Como Citar
Schmidt , P. ., & dos Santos, J. L. . (2020). Estudo da contabilização dos tributos astecas sob a ótica da nova história da contabilidade. Cuadernos De Contabilidad, 21, 1–20. https://doi.org/10.11144/Javeriana.cc21.ecta
Seção
Artículos