Resumo
No quadriênio 2014 a 2017, o Brasil passou por uma crise econômica com redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%, na contramão do quadriênio anterior, que apresentou um crescimento de 4%. Por outro lado, a receita líquida do varejo continuou a crescer porém em níveis reduzidos em 50% se comparados com o quadriênio anterior (2010-2013). O objetivo desta pesquisa foi analisar e discutir o comportamento distribuição da riqueza gerada pelas empresas varejistas listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão – a Bolsa de Valores do Brasil) entre os quadriênios anterior à crise econômica e o quadriênio durante a crise. Analisou-se a Demonstração de Valor Adicionado (DVA) no período de 2010 a 2017, de treze empresas em cada quadriênio, com foco nos quatro agentes (empregados, governo, terceiros e sócios) que contribuem para a geração desta riqueza. Os resultados revelaram que em ambos os períodos a maior distribuição de riqueza foi para os Empregados e a menor para os acionistas. No centro da análise, segundo e terceiro lugares de recebedores da riqueza, ficaram o Governo e Terceiros. Adicionalmente, a pesquisa revelou que o mercado do varejo cresceu em 25% antes da crise, porém sofreu redução de 3% no quadriênio da crise.
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