Cultura organizacional e agilidade: uma investigação empírica sobre desempenho em equipes de TI<sup> </sup>
HTML Full Text
PDF
XML

Palavras-chave

Cultura organizacional
Avaliação de Desempenho Organizacional
Ambientes Agéis
Tecnologia da informação

Como Citar

Cultura organizacional e agilidade: uma investigação empírica sobre desempenho em equipes de TI . (2025). Cuadernos De Contabilidad, 26, 1-23. https://doi.org/10.11144/Javeriana.cc26.coau
Almetrics
 
Dimensions
 

Google Scholar
 
Search GoogleScholar

Resumo

Introdução: Em contextos de rápida transformação e alta complexidade, a agilidade e a cultura organizacional se consolidam como fatores decisivos para a adaptação e o desempenho em ambientes marcados pela inovação. Objetivo: Este estudo busca investigar como diferentes dimensões da cultura organizacional se relacionam com características internas das equipes e influenciam o seu desempenho em empresas de tecnologia da informação. Método: A pesquisa foi realizada com empresas vinculadas ao Centro de Tecnologia da Informação Telmo Araújo, por meio da aplicação de uma survey a profissionais atuantes em projetos. Os dados coletados foram analisados com o uso de análise fatorial exploratória e regressão múltipla. Resultados: Os resultados revelam que as culturas organizacionais do tipo Clã e Adhocracia, marcadas por colaboração, flexibilidade e adaptabilidade, apresentam relação positiva e estatisticamente significativa com o desempenho das equipes. A cultura Clã foi a mais frequente na amostra, enquanto a Adhocracia demonstrou maior capacidade explicativa. Em contrapartida, a cultura de Hierarquia mostrou-se menos alinhada às exigências dos ambientes ágeis e a cultura de Mercado não apresentou significância estatística. Conclusões: Os achados reforçam que modelos culturais menos hierarquizados favorecem a adoção de práticas ágeis e a inovação nas equipes, oferecendo subsídios relevantes para gestores que buscam alinhar cultura organizacional e desempenho, em contextos marcados por mudanças rápidas e contínuas.

HTML Full Text
PDF
XML

Abraham, S. E., Karns, L. A., Shaw, K., & Mena, M. A. (2001). Managerial competencies and the managerial performance appraisal process. Journal of management development, 20(10), 842-852.

Akroyd, C., & Kober, R. (2020). Imprinting founders’ blueprints on management control systems. Management Accounting Research, 46, 100645.

Bassi Filho, D. L. (2008) Experiências com desenvolvimento ágil. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) - Instituto de Matemática e Estatística, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Bassi, M. J. S., Russo, P. T., Oyadomari, J. C. T. & Antunes, M. T. P. (2021). Cultura Organizacional, nível de parceria de controladoria e sistemas de avaliação de desempenho. REPEC- Revista de Educaçao e Pesquisa em Contabilidade, 15, 354-373. DOI: http://dx.doi.org/10.17524/repec.v15i3.2897.

Bauman, Z. (2012). Ensaios sobre o conceito de cultura. ed. Zahar.

Burchell, S., Clubb, C., Hopwood, A., Hughes, J., & Nahapiet, J. (1980). The roles of accounting in organizations and society. Accounting, organizations and society, 5(1), 5-27.

Busco, C. & Scapens, R. W. (2011). Management accounting systems and organisational culture: Interpreting their linkages and processes of change. Qualitative Research in Accounting & Management. 8(4), 320-357. DOI: 10.1108/11766091111189873.

Brüggemann, E. R., Monteiro, J. J., & Lunkes, R. J. (2022). Influência do sistema de mensuração de desempenho na agilidade organizacional e na inovação aberta. Revista de Contabilidade e Organizações, 16, e193897-e193897.

Cameron, K. S. & Quinn, R. E. (1999). Diagnosing and changing organizational culture.

Chanias, S., Myers, M. D., & Hess, T. (2019). Digital transformation strategy making in pre-digital organizations: The case of a financial services provider. The Journal of Strategic Information Systems, 28(1), 17-33.

Colli, M., Madsen, O., Berger, U., Møller, C., Wæhrens, B. V., & Bockholt, M. (2018). Contextualizing the outcome of a maturity assessment for Industry 4.0. Ifac-papersonline, 51(11), 1347-1352.

Conceição, F. A. (2019). Implementação de metodologias ágeis no Brasil: a perspectiva cultural dos empregados de empresas de tecnologia. Dissertação.

Crespo, N. F., Rodrigues, R., Samagaio, A., & Silva, G. M. (2019). The adoption of management control systems by start-ups: Internal factors and context as determinants. Journal of Business Research, 101, 875-884.

Delong, D. & Fahey, L. (2000). Diagnosing Cultural Barriers to Knowledge Management. Academy of Management Executive, 14(4), 113-127.

Drucker, P. F. (1999). Knowledge-worker productivity: The biggest challenge. California management review, 41(2), 79-94.

Fachin, O. (2017). Fundamentos de metodologia. 6 ed. São Paulo: Saraiva.

Ferreira, J. M. C., Neves, J. & Caetano, A. (2001). Manual de Psicossociologia das Organizações. Lisboa: Editora McGraw-Hill de Portugal Ld.ª

Fonseca, K. N., Tolentino, R. S. S., & Ziviani, F. (2022). Análise das representações sociais sobre inovação dos colaboradores da área de tecnologia da informação. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 12(2), 84-104.

Frare, A. B., Colombo, V. L. B., & Beuren, I. M. (2022). Performance measurement systems, environmental satisfaction, and green work engagement. Revista Contabilidade & Finanças, 33(90), 1-17

Freitas, M. (2007). Cultura Organizacional: Evolução e Crítica, CEGAGE Learning.

Frezatti, F., Carter, D. B., & Barroso, M. F. G. (2014). Accounting without accounting: informational proxies and the construction of organisational discourses. Accounting Auditing & Accountability, 27(3), 426–464. https://doi.org/10.1108/aaaj-01-2012-00927

Galvão Junior, S. G., Penha, R., Vasconcelos, V. N. D. S. A., da Silva, L. F., & do Amaral Gonçalves, M. L. (2024). Elementos e práticas de gerenciamento de projetos de transformação digital para suportar o Business Agility: uma revisão sistemática da literatura. International Journal of Innovation, 12(1), e26374-e26374.

Highsmith, J. & Cockburn, A. (2001). Agile Software Development: The People Factor. IEEE Computer, 34, 131-133.

Hofstede, G. J., Hofstede, G. & Minkov, M. (2010). Cultures and Organizations: software of the mind. 3 ed., Mc.Graw Hill.

Holbeche, L. S. (2018). Organisational effectiveness and agility. Journal of Organizational Effectiveness: People and Performance, 5(4), 302-313.

Imgrund, F., Fischer, M., Janiesch, C., & Winkelmann, A. (2018). Approaching Digitalization with Business Process Management. In MKWI (pp. 1725-1736).

Iqbal, S. M. J., Nawaz, M. S., Siddiqui, S.H., & Imran, M. K. (2019). Managing Organizational Effectiveness through Talent Management and Career Development: The Mediating Role of Employee Engagement, Journal of Management Sciences, 6 (1), 79-95.

Jermier, J.; Slocum, J.; Fry, L.; Gaines, J. (1991). Organizational Subcultures in a Soft Bureaucracy: Resistance Behind the Myth and Faced of an Official Culture. Organization Science, 2(2), 170-194.

Lampkowski, M.; Acosta, I. R.; Magalhaes, M.; Acosta, N. R.(2016). Impacto da geração y processos de gestão de pessoas e na cultura organizacional: um estudo de caso em empresa de tecnologia da informação. REFAS- Revista Fatec. 3(1).

Ferreira Leite, L., Kon, F., & Meirelles, P. (2020). Understanding context and forces for choosing organizational structures for continuous delivery. In Anais Estendidos do XI Congresso Brasileiro de Software: Teoria e Prática, (pp. 54-62). Porto Alegre: SBC. doi:10.5753/cbsoft_estendido.2020.14609

Liu, Y., Zhu, N., Zhang, J., & Raza, J. (2021). Does organizational reciprocity improve employees’ motivation? The mediating role of basic psychological need satisfaction. Current Psychology, 40(7), 3136-3150.

López-Fernández, D., Pérez, J., & Ayala, C. (2021). DevOps team structures: Characterization and implications. arXiv. https://arxiv.org/abs/2101.02361

Lu, Y., & Ramamurthy, K. (2011). Compreender o link entre informações, capacidade tecnológica e agilidade organizacional: um exame empírico. MIS Trimestral, 35(4), 931-954.

Ludin, I., Mukti, S., & Rohman, I. S. (2023). The Impact of Organizational Culture and Working Motivation on Performance of Employee: A Case Study at Government Organization. Economics, Business, Accounting & Society Review, 2(3), 182-192.

Marconi, M. de A. & Lakatos. E. M. (2022) Fundamentos de metodologia científica: métodos científicos. técnicas de pesquisa, elaboração de referência bibliográficas. São Paulo, Atlas.

Melnyk, S. A., Stewart, D. M. & Swink, M. (2004). Metrics and performance measurement in operations management: dealing with the metrics maze. Journal of Operations Management, 22(3), 209-217.

Meyerson, D. & Martin, J. (1987). Mudança Cultural: Uma Integração de Três Visões Diferentes. Journal of Management Studies, 24, 623-647.

http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-6486.1987.tb00466.x.

Neto, A. M., & Silva, M. M. (2022). A Transformação Digital na Gestão: Aplicação da Gestão Ágil com Soluções Digitais em uma Unidade Operacional SENAI. Revista Processos Químicos, 16(31), 80-85.

Pace, M. (2019). A correlational study on project management methodology and project success. Journal of engineering, project, and production management, 9(2), 56.

Parker, C. (2000). Performance Measurement. Work Study, 49, 63-66.

https://doi.org/10.1108/00438020010311197

Prado, D., & Archibald, R. (Org.). (2007). Pesquisa sobre maturidade em gerenciamento de projetos: relatório anual - 2006. Disponível em: . Acesso em: 04 jun.

Quinn, R. (1988). Beyond Rational Management. Jossey-Bass.

Quinn, R. & Mcgrath, M. (1985). Transformation of Organizational Vultures: A competing values perspective. Sage Publications.

Ribeiro, N. M., Leal, L. A., Ferreira, M. V. F., Chaves, L. D. P., Ignácio, D. S., & Henriques, S. H. (2023). Tomada de Decisão Gerencial do Enfermeiro da Área Hospitalar: construção e validação de cenário de simulação. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 31, e3768.

Robbins, S. P. (2005). Comportamento Organizacional (11ª ed.). São Paulo, Brasil: Pearson Education.

Rocha Neto, C. F., Jamil, G. L. & Vasconcelos, M. C. R. L. (2009). Influências culturais na adoção da gestão de projetos: um estudo qualitativo em empresas de consultoria e desenvolvimento em TI. ISSN online: 1807-1775 Publicado por/Published by: TECSI FEA USP.

Sackmann, S. (1992). Culture and Subculutres: An analysis of Organizational Knowledge. Administrative Science Quarterly. 37, 140-161.

Sanches, R. A. O., Ferreira, E. P., Correa, F., Carvalho, D. B. F. & Parreiras, F. S. (2022). A influência da cultura organizacional no sistema de gestão da qualidade e no desempenho, em uma empresa de energia elétrica. Perspectiva em gestão & Conhecimento, 12, 117-135. DOI: https://dx.doi.org/10.22478/ufpb.2236-417.2022v12n1.59126.

Sanchez, R. T., Vinces J. P. & Guillen, J. (2018). How to improve firm performance through employee diversity and organisational culture. Revista brasileira de gestão e negócios. São Paulo, 20, 378-400. DOI: 10.7819/rbgn,v20i3.3303.

Santos, V. D., Beuren, I. M., Bernd, D. C., & Fey, N. (2023). Use of management controls and product innovation in startups: intervention of knowledge sharing and technological turbulence. Journal of Knowledge Management, 27(2), 264-284.

Schein, E. H. (2010). Organizational culture and leadership. 2. John Wiley & Sons.

Smircich, L. (1983). Concepts of culture and organizational analysis. Administrative Science Quarterly, 28, 339-358.

Souza, L. P. P. (2019). O comportamento informacional dos desenvolvedores de software no contexto da cultura organizacional enfatizando o compartilhamento e reuso de informações. Dissertação.

Standish Group. (2019). Standish Group 2015 Chaos Report – Q&A with Jennifer Lynch. Artigo publicado em 4 outubro de 2016. Disponível em: https://www.infoq.com/articles/standish-chaos-2015/. Acesso em: 14 set. 2019.

State of Agile report (2022). https://info.digital.ai/rs/981-LQX-968/images/AR-SA-2022-16th Annual-State-Of-Agile-Report.pdf.

Teixeira, S. (2013). Gestão das Organizações (3ª ed.). Lisboa, Portugal: Escolar Editora.

Ungari, D. & Rodrigues, A. (2020). A influência da cultura organizacional no desenvolvimento dos vínculos do indivíduo com a organização. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios. 13. 168. 10.19177/reen.v13e22020168-196

Wetering, R., Mikalef, P., & Pateli, A. (2018). Strategic alignment between IT flexibility and dynamic capabilities: An empirical investigation. International Journal of IT/Business Alignment and Governance (IJITBAG), 9(1), 1–15. https://doi.org/10.4018/IJITBAG.2018010101

Wiechmann, D. M., Reichstein, C., Härting, R. C., Bueechl, J., & Pressl, M. (2022). Agile management to secure competitiveness in times of digital transformation in medium-sized businesses. Procedia Computer Science, 207, 2353-2363.

Xu, F., Wu, L., & Evans, J. (2022). Flat teams drive scientific innovation. Proceedings of the National Academy of Sciences, 119(23), e2200927119.

Yoshikawa, N. K., Costa Filho, J. R., Penha, R., Kniess, C. T., & de Souza, J. B. (2020). Abordagem ágil como estratégia em projetos de transformação digital: Um estudo bibliométrico e bibliográfico. International Journal of Professional Business Review: Int. J. Prof. Bus. Rev., 5(2), 272-287.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Sabrina De Almeida, Emily Tavares Pessoa Maciel, Antônio André Cunha Callado, Aldo Leonardo Cunha Callado