Uso de álcool por adolescentes envolvidos em bullying e cyberbullying, como autores, vítimas e autores-vítimas: uma revisão sistemática da literatura*

Consumo de alcohol por adolescentes involucrados en bullying y cyberbullying, como autores, víctimas y autores-víctimas: una revisión sistemática de la literatura

Alcohol use by adolescents engaged in bullying and cyberbullying, as authors, victims and authors-victims: A systematic review of the literature

Revista Gerencia y Políticas de Salud, vol. 20, 2021

Pontificia Universidad Javeriana

Dayse Lôrrane Gonçalves Alves a

Universidade Estadual do Ceará, Brasil


Francisco José Maia Pinto

Universidade Estadual do Ceará, Brasil


Ana Carina Stelko-Pereira

Universidade Federal do Paraná, Brasil


Bruna Rodrigues Nunes

Universidade Estadual do Ceará, Brasil


Steffany Rocha da Silva

Universidade Estadual do Ceará, Brasil


Tayane Carneiro Cruz

Universidade Estadual do Ceará, Brasil


Recepção: 30 Setembro 2020

Aprovação: 18 Março 2021

Publicação: 30 Dezembro 2021

Resumo: Objetivo. Sintetizar, mediante revisão sistemática, as evidências científicas sobre as associações entre o uso de álcool e o envolvimento em bullying e cyberbullying na adolescência. Materiais e métodos. A busca foi realizada em quatro bases de dados: PubMed, Medline, SciELO e Web of Science. Foram selecionados 58 artigos com base nos critérios de elegibilidade. A avaliação da qualidade metodológica dos estudos foi realizada por meio de um instrumento do National Heart, Lung and Blood Institute. Resultado.Os estudos que atingiram classificação de boa qualidade metodológica apresentaram os seguintes achados: vitimização e autoria por bullying ou cyberbullying foram associados ao consumo de álcool; o sofrimento psicológico mediou parcialmente a associação entre vitimização por cyberbullying e uso posterior de álcool; o bullying e a perpetração violenta mediaram a relação entre violência na família e uso de álcool e outras drogas; sintomas depressivos e uso de álcool são preditores de mais vitimização por bullying, e a vitimização relacional esteve associada ao uso precoce de álcool. Conclusões. A maioria dos estudos indicou que adolescentes envolvidos em bullying e cyberbullying têm maiores chances de fazer uso de álcool do que adolescentes não envolvidos, sendo que autores fazem maior uso de álcool em relação aos autores-vítimas e às vítimas.

Palavras-chave:Adolescente, bullying, consumo de bebidas alcoólicas, cyberbullying.

Resumen: Objetivo. Sintetizar, mediante revisión sistemática, las evidencias científicas sobre las asociaciones entre el uso de alcohol y el bullying y cyberbullying en la adolescencia. Materiales y métodos. La búsqueda fue realizada en cuatro bases de datos: PubMed, Medline, SciELO y Web of Science. Fueron seleccionados 58 artículos con base en los criterios de elegibilidad. La evaluación de la cualidad metodológica de los estudios fue realizada por medio de un instrumento del National Heart, Lung and Blood Institute. Resultados.Los estudios que lograron una clasificación de buena calidad metodológica mostraron los siguientes resultados: la victimización y autoría por bullying y cyberbullying fueron asociados al consumo de alcohol; el sufrimiento psicológico medió parcialmente la asociación entre victimización por cyberbullying y el uso posterior de alcohol; el bullying y la perpetración violenta mediaron la relación entre violencia en la familia y el uso de alcohol y otras drogas; síntomas depresivos y uso de alcohol son predictores de más victimización por bullying; y la victimización relacional estuvo asociada al uso precoz de alcohol. Conclusiones. La mayoría de los estudios indicó que los adolescentes involucrados en bullying y cyberbullying tienen mayores probabilidades de consumir alcohol que los adolescentes no involucrados, siendo que los autores presentan mayor consumo de alcohol en relación con los autores-víctimas y las víctimas.

Palabras clave: Adolescente, bullying, consumo de bebidas alcohólicas, cyberbullying.

Abstract: Objective. To synthesize, by a systematic review, the scientific evidence around the associations between alcohol use and adolescents’ engagement in bullying and cyberbullying. Materials and methods. A literature review was made in four databases: PubMed, Medline, Scielo, and Web of Science. 58 papers were selected following the eligibility criteria. The evaluation of the studies' methodological quality was made using an instrument of the National Heart, Lung and Blood Institute. Results. The studies that achieved high methodological quality show the following results: victimization and authorship for bullying or cyberbullying were associated with alcohol consumption; psychological distress partially mediated with an association between victimization for cyberbullying and future alcohol using; bullying and violent perpetration mediated the relationship between family violence and alcohol and other drugs uses; depressing symptoms and alcohol using are predictors of more bullying victimization; and the relational victimization was associated with early alcohol use. Conclusions. Most studies show that adolescents engaged in bullying and cyberbullying have more chances of using alcohol than those not engaged. Authors use to consume more alcohol than authors-victims and victims.

Keywords: Adolescents, bullying, consumption of alcoholic beverages, cyberbullying.

Introdução

O uso nocivo de álcool é considerado um grave problema de saúde pública por estar associado a graves situações de morbimortalidade e desfechos sociais e econômicos negativos (1). Os adolescentes estão em situação de alta vulnerabilidade com relação ao consumo dessa substância, pois esses indivíduos estão mais propensos a emitir comportamentos de risco e atos impulsivos (2). Destacam-se duas características do consumo de álcool na adolescência: o consumo precoce, antes dos 15 anos, e o consumo pesado (binge drinking). Esse consumo pesado caracteriza-se pelo uso de cinco ou seis mais doses de álcool em uma mesma ocasião (3, 4). Quanto à prevalência de consumo de álcool nessa fase do desenvolvimento, a Organização Mundial da Saúde aponta que 26,5% de todos os adolescentes de 15 a 19 anos são bebedores atuais, o que totaliza cerca de 155 milhões de indivíduos (1).

Um fator que pode estar associado ao uso de álcool na adolescência é o envolvimento em bullying e cyberbullying (5-10). O bullying manifesta-se por meio de comportamentos agressivos produzidos por estudantes em relação a outros, que ocorrem de forma repetida, intencional e em uma relação desigual de poder, o que causa dor, angústia e sofrimento. Pode ocorrer de forma direta, por meio de agressões físicas, verbais, psicológicas, sexuais ou materiais, e indireta, quando os agressores espalham rumores e excluem as vítimas dos grupos sociais (11, 12). Enquanto o cyberbullying, tipificação mais recente de bullying, pode ser considerado um ato ou uma ação intencional agressiva, realizada repetidas vezes, por um grupo ou indivíduo, utilizando o meio eletrônico, contra uma vítima que não pode facilmente se defender. De forma similar ao bullying tradicional, o cyberbullying inclui características como repetição, intenção e desequilíbrio de poder (13, 14). Os indivíduos podem se envolver nesses dois tipos de violência como vítimas, autores, autores-vítimas e testemunhas (12).

Com relação à prevalência internacional de bullying, estudo realizado em 33 países e regiões da Europa e da América do Norte apontou que cerca de 30% dos estudantes na faixa etária de 11 a 15 anos de idade sofreu vitimização ocasional (uma ou mais vezes nos últimos meses), e 12%, vitimização crônica (no mínimo, duas ou três vezes nos últimos meses) (15). Enquanto uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com 100 mil crianças e adolescentes de 18 países, demonstrou que, em média, metade desses indivíduos sofreu algum tipo de bullying (16). Quanto ao cyberbullying, revisão de escopo encontrou que a cybervitimização variou de 1,6% a 56,9% e a cyberautoria variou de 1,9% a 79,3%, considerando um período de seis meses, no mundo todo (17).

Ressalta-se que o uso de álcool na adolescência está associado a graves consequências sociais e de saúde, como transtornos mentais e comportamentais, acidentes de trânsito, acidentes com armas de fogo, comportamentos de risco sexual, alterações neuronais, baixo desempenho escolar, abandono escolar ou do trabalho e conflitos familiares e comunitários (2, 18, 19). Enquanto o bullying, na fase da adolescência, encontra-se relacionado a comportamentos depressivos e ansiosos, ideação ou tentativa de suicídio, abuso de substâncias psicoativas e baixos engajamento e desempenho acadêmico (20, 21). Dessa forma, esses dois fenômenos resultam em custos individuais, sociais e para as políticas públicas de saúde.

Diante disso, torna-se relevante construir uma revisão sistemática sobre a relação entre o uso de álcool e o envolvimento em bullying na adolescência, com o intuito de embasar a construção de políticas públicas preventivas. Destaca-se que, no momento, não há nenhuma revisão especificamente sobre a relação entre essas duas variáveis, havendo, no entanto, somente uma mais abrangente, sobre o bullying e o uso de substâncias. Este estudo ressalta que parece clara a relação entre perpetração de bullying (autor e autor-vítima) e uso de substâncias psicoativas em adolescentes de ambos os sexos. Porém, há ainda divergências no que se refere à função de vitimização, pois há estudos que encontraram associação direta entre uso de substâncias e vitimização por bullying, e outros que indicam ausência de associação (8). Além disso, cabe investigar se essas relações apresentam diferenças quando se trata, especificamente, de drogas lícitas, como o álcool, por conta das questões sociais e culturais que influenciam esse uso.

Assim, esta revisão teve como objetivo sintetizar as evidências da literatura científica sobre o envolvimento em bullying e cyberbullying associado ao uso de álcool por adolescentes.

Materiais e métodos

Trata-se de uma revisão sistemática, a qual foi construída de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Prisma) (22) e com as orientações do Manual da Cochrane (23).

Foram considerados, nesta revisão, os estudos publicados em revistas avaliadas por pares. Os critérios de elegibilidade foram construídos a partir da estratégia Pico (população, intervenção/exposição, comparação e desfecho), bem como a pergunta de pesquisa (24). Esta ficou assim descrita: adolescentes (população) envolvidos em bullying e/ou cyberbullying (intervenção ou exposição), comparados aos não envolvidos ou considerando as funções de autor, vítima, autor-vítima e testemunhas (comparação), apresentam maiores chances de fazer uso de álcool, uso precoce ou binge drinking (desfecho)?

Dessa forma, foram incluídos os artigos que investigaram a população adolescente, na faixa etária de 10 a 19 anos (25); trataram do fenômeno bullying, tradicional ou cyberbullying, definido por meio das seguintes características: 1. ocorre entre pares; 2. ambiente escolar/acadêmico (ou virtual); 3. intencionalidade; 4. repetitividade; 5. desigualdade de poder (11); realizaram comparações entre alunos envolvidos em bullying ou não envolvidos, ou entre as funções de autor, vítima, autor-vítima ou testemunha, de bullying ou cyberbullying; analisaram o uso de álcool, tanto o uso precoce quanto o uso pesado (binge drinking), padrões típicos da adolescência (1). O tipo de estudo não foi considerado como um critério de elegibilidade, sendo que foram incluídos todos os artigos que obedeceram aos critérios citados anteriormente.

Com relação à busca eletrônica dos artigos, foi realizada uma pesquisa em quatro bases de dados: PubMed, Medline, SciELO e Web of Science. A busca foi realizada sem limites dentro da definição de data e linguagem da publicação. As palavras-chave foram escolhidas com base nos Medical Subject Headings (MeSH) da National Library of Medicine, nos Descritores em Saúde (DECS) da Bireme e na literatura científica da área, bem como foram organizadas de acordo com a estratégia Pico para cada fase (Tabela 1). Para sensibilizar a busca de artigos, cada base de dados teve sua estratégia descrita em separado. Compartilhou-se um exemplo disso no Anexo. Além disso, foi empregada, como estratégia de busca secundária, a consulta às listas de referência de todos os artigos originais.

Tabela 1
Sistematização dos descritores e das palavras-chave, em inglês, segundo a estratégia Pico
Sistematização dos descritores e das palavras-chave, em inglês, segundo a estratégia Pico


Fonte: elaboração própria.

As referências encontradas foram transportadas para uma única biblioteca no programa EndnoteX8. Após isso, foram excluídas as duplicatas, por meio da ferramenta “find duplicate” do EndnoteX8. Todas as referências também foram revisadas manualmente. A referida biblioteca foi copiada e mantida em dois arquivos iguais no EndnoteX8 para que os autores trabalhassem de forma independente, selecionando os artigos para a revisão. O processo de seleção foi realizado em duas etapas de leitura por pares: leitura de títulos e resumos e leitura de artigos na íntegra. As exclusões dos artigos, nesta última etapa, foram justificadas em tabela do Microsoft Excel. Depois de cada etapa de seleção por pares, foi realizada reunião de consenso. Quando havia conflitos sobre a exclusão de um artigo, um terceiro pesquisador era consultado.

A extração dos dados também foi realizada em tabela no Microsoft Excel e por pares de pesquisadores, para diminuir o risco de viés. Em reunião posterior, quando não havia consenso na extração de determinado dado, um terceiro pesquisador era consultado.

Como foram encontrados apenas estudos observacionais, para a avaliação da qualidade metodológica, utilizou-se do instrumento National Heart, Lung and Blood Institute (NIH) para estudos observacionais, transversais e de coorte (26). Esse instrumento está estruturado em 14 questões relativas aos seguintes domínios: pergunta de pesquisa, população do estudo, grupos recrutados na mesma população e critérios uniformes de elegibilidade, justificativa do tamanho da amostra, exposição avaliada antes da medição dos resultados, prazo suficiente para ver um efeito, diferentes níveis de exposição de interesse, medidas de exposição e avaliação, avaliação repetida de exposição, medidas do desfecho, cegamento dos avaliadores de resultados, taxa de acompanhamento e análises estatísticas (adequação dos testes e verificação do controle das variáveis de confundimento). As respostas dadas a essas questões podem ser: sim, não e outros (não determinado, não reportado, não se aplica). O instrumento permite a seguinte classificação dos estudos: bom, razoável ou ruim, no que concerne ao risco de viés. A síntese dos estudos foi feita de forma descritiva.

Resultados

A sistematização da busca e a seleção dos artigos foram descritas na Figura 1 e os principais dados extraídos estão organizados na Tabela 2 e 3. Na busca inicial, foram encontrados 4.381 artigos. Após os processos de seleção, leitura de títulos e resumos, e leitura na íntegra, restaram 58 artigos para esta revisão, que abrangeram o período de 2002 a 2020. Com relação ao local de pesquisa, salienta-se que os estudos foram realizados em uma grande diversidade de países, compreendendo todos os continentes, o que indica que o bullying e o consumo de álcool na adolescência são problemas de âmbito global. Somente nos Estados Unidos foram produzidos 21 estudos. Além disso, foram encontrados apenas estudos observacionais, de delineamento transversal (n=46) e longitudinal (n=12).

Fluxograma do processo de busca e seleção dos artigos
Figura 1
Fluxograma do processo de busca e seleção dos artigos


Fonte: Prisma, elaboração própria.

A Tabela 2 apresenta os principais dados extraídos dos artigos de delineamento transversal. Ressalta-se que esse tipo de estudo contribui para se realizar inferências e se construir hipóteses sobre possíveis relações entre as variáveis de interesse, mas não permite estabelecer uma relação de causalidade entre estas variáveis (27). Quanto às categorias de bullying, 27 estudos investigaram apenas o bullying tradicional, quatro somente o cyberbullying .bullying virtual) e 15 estudaram os dois tipos. Além disso, 21 artigos consideraram somente vitimização por bullying ou cyberbullying, dois apenas o papel de autores e 23 investigaram mais de um papel.

No que tange à direção da associação, a maioria dos estudos transversais (n=44) encontrou associação entre uso de álcool e envolvimento em bullying (tradicional ou cyberbullying), seja como autor, como vítima, seja como autor-vítima, e considerou o consumo de álcool como desfecho, ou seja, uma grave consequência do envolvimento em bullying na adolescência (6, 9, 28-68). Porém, um artigo (69) considerou o bullying como desfecho. Além disso, apenas um estudo transversal (70) identificou uma associação negativa entre consumo de álcool e ser vítima.

Tabela 2
Resumo da extração dos principais dados dos artigos de delineamento transversal
Resumo da extração dos principais dados dos artigos de delineamento transversal

















Fonte: elaboração própria.

Ainda nesses estudos transversais, quatro relacionaram o bullying e o consumo de álcool a outras variáveis para identificar relações de mediação. Afifi et al. (28) identificaram que a religiosidade pode ser fator de proteção para vítimas de bullying com relação ao uso do álcool. Assim, estudantes com níveis mais baixos de religiosidade, que foram vítimas de bullying, eram mais propensos a usar álcool e outras drogas do que as vítimas que se declararam com alta religiosidade. Enquanto Jochman et al. (40) encontraram que o consumo de álcool mediou a relação entre ser vítima, agressor a autor-vítima e sintomas somáticos e depressivos. Dois estudos (41, 43) encontraram que a vitimização do bullying foi associada a um risco aumentado de uso de álcool e foi mediada por isolamento social, depressão, desligamento da escola e baixo desempenho acadêmico. Kim et al. (42) ressaltaram que a solidão mediou a relação entre vitimização por bullying e uso de álcool. Por fim, um artigo (67) destacou que os níveis de apoio social mediaram a relação entre ser vítima de cyberbullying, e fazer consumo de álcool e outras drogas.

A Tabela 3 apresenta os dados extraídos dos estudos de delineamento longitudinal. Com relação à categoria de bullying, oito investigaram apenas o bullying tradicional, três somente o cyberbullying e um (1) os dois tipos. Sobre os papéis investigados, seis estudaram apenas a função de vítima, três estudaram os papéis de autor e vítima, e três os papéis de autor, vítima e autor-vítima.

Em oito estudos longitudinais, encontrou-se que o envolvimento em bullying aumenta os riscos de fazer consumo de álcool na adolescência (71-74, 76, 77, 79, 80). Apenas um (7) pesquisou o bullying como desfecho. Foster et al. (75) e Livingston et al. (78) não encontraram associação entre as variáveis de interesse. Houve estudos que também investigaram a relação de consumo de álcool, envolvimento em bullying e outras variáveis, para identificar prováveis relações de mediação. Cénat et al. (72) constataram que o sofrimento psicológico mediava parcialmente a associação entre vitimização pelo cyberbullying e uso posterior de álcool. Um estudo (5) encontrou que o bullying e a perpetração violenta mediaram a relação entre violência na família e uso de álcool e outras drogas. Topper et al. (79) constataram que beber para facilitar o enfrentamento de problemas mediou parcialmente a associação entre vitimização e problemas relacionados ao uso de álcool.

No que concerne aos papéis assumidos no bullying, grande parte dos estudos (n=23), transversais e longitudinais, encontrou associação significativa entre ser autor de bullying e fazer consumo de álcool, inclusive, consumo nocivo e pesado (6, 9, 10, 29-32, 38, 39, 45, 47, 49, 54, 55, 58, 59, 61, 64, 68, 69, 71, 76). Ressalta-se que, além do álcool, os autores de bullying também têm maiores chances de fazer uso de drogas ilícitas. Quando os artigos compararam as funções de autor, vítima e autor-vítima, demonstraram que os autores fazem mais uso de álcool, seguidos de autores-vítimas e vítimas (29, 30, 38, 54, 68, 69).

No que se refere à função de vitimização, a maioria dos estudos desta revisão (n=34) identificou que ser vítima de bullying está associado ao uso de álcool por adolescentes, principalmente quando se trata de cyberbullying (6, 10, 31, 33-37, 39, 41, 43, 44, 46, 48-52, 54, 56-58, 60, 63-66, 68, 72-74, 77, 79, 80). Porém, Garcia-Continente et al. (70) encontraram que a vitimização estava negativamente associada ao uso de álcool e seis estudos não encontraram associação entre vitimização e uso de álcool (30, 53, 61, 71, 75, 78). Ressalta-se que quase todos os estudos (n=56) estudaram a função de vitimização, o que pode influenciar nos resultados.

Alguns artigos também demonstraram que ser autor-vítima está relacionado ao consumo de álcool (6, 10, 29, 30, 54, 58, 62, 64, 65, 68). A exemplo disso, Lee et al. (10) encontraram que, com relação ao bullying presencial, ser autor-vítima estava associado ao uso de álcool, enquanto no cyberbullying, ser autor-vítima foi associado com o uso de todas as substâncias pesquisadas, inclusive o álcool. Vieno et al. (64) constataram que os autores-vítimas estavam em maior risco de fumar e consumir álcool em comparação com os seus pares não envolvidos. Outro estudo também apontou que adolescentes que foram autores-vítimas de cyberbullying apresentaram maior risco de consumir álcool (65).

Apenas dois estudos investigaram o papel de testemunha (6, 53). Gaete et al. (6) mostraram que autores e autores-vítimas apresentam alto risco de consumir álcool em relação às testemunhas. Quinn et al. (53) encontraram associação entre comportamento pró-bullying de testemunhas e uso de substâncias, inclusive álcool, bem como uma associação entre ser defensor e tabagismo, e danos relacionados ao álcool.

Tabela 3
Resumo da extração dos principais dados dos artigos de delineamento longitudinal
Resumo da extração dos principais dados dos artigos de delineamento longitudinal


Fonte: elaboração própria.

Cinco artigos trataram de formas específicas de bullying: o bullying racial, o bullying por intolerância religiosa, o bullying com relação a minorias de gênero e o bullying homofóbico (35, 48, 51, 56, 62). Estudos apontaram que a vitimização por pertencer a minorias de gênero (56) e a vitimização homofóbica estão associadas ao consumo de álcool (35, 51). Feinstein et al. (35) e Stone e Carlisle (62) demonstraram que o bullying por preconceito racial, seja na vitimização, seja na autoria, está relacionado ao consumo de álcool e outras drogas. Pan e Spittal (48) não encontraram associação entre vitimização por intolerância religiosa ou racial e uso moderado e pesado de álcool.

No que diz respeito às diferenças de sexo, seis estudos trouxeram contribuições relevantes sobre esse tema (29, 34, 35, 65, 66, 80). Nestes, adolescentes autores, vítimas ou autores-vítimas, de ambos os sexos, estão mais propensos a fazer uso de álcool, porém o sexo masculino parece estar mais envolvido no beber pesado e frequente. A exemplo disso, Wiguna et al. (65) demonstraram que adolescentes do sexo masculino que foram vítimas e vítimas-autores de cyberbullying, e meninas que foram autoras-vítimas de cyberbullying tiveram maior risco de consumir álcool. Wormington et al. (66) identificaram que a vitimização presencial foi associada ao uso de álcool por meninos e meninas, com efeitos mais fortes para meninos.

A avaliação da qualidade metodológica foi realizada para avaliar o risco de viés e assim determinar a validade interna dos estudos. Isso permite apreciar se os achados são realmente relevantes e válidos. No que concerne a essa avaliação, a maioria (n=46; 79%), como esperado, foi classificada como razoável com relação ao risco de viés. Enquanto oito (n=8; 14%) foram classificados como de boa qualidade e sete (n=4; 7%), como de baixa qualidade.

Com relação aos oito artigos que foram classificados como de boa qualidade, todos foram de base longitudinal e apresentaram os seguintes achados: vitimização e autoria por bullying ou cyberbullying foram associados ao consumo de álcool; o sofrimento psicológico mediou parcialmente a associação entre vitimização por cyberbullying e o uso posterior de álcool; o bullying e a perpetração violenta mediaram a relação entre violência na família e uso de álcool e outras drogas; sintomas depressivos e uso de álcool são preditores de mais vitimização por bullying; a vitimização relacional esteve associada ao uso precoce de álcool.

Discussão

De forma geral, as evidências sintetizadas por essa revisão indicam que o envolvimento em bullying e cyberbullying aumenta as chances de os adolescentes fazerem uso de álcool, precoce ou excessivo (6, 9, 28-68, 71-74, 76, 77, 79, 80). Ressalta-se que tanto o bullying quanto o uso de álcool na adolescência são problemas sociais graves e complexos, que geram consequências negativas para a saúde e o desenvolvimento biopsicossocial (1, 19-21), as quais tendem a se perpetuar na fase adulta (1, 81). Dessa forma, é necessário que sejam construídas intervenções no ambiente escolar que considerem a relação entre essas duas problemáticas.

Os resultados também apontam para uma possível bidirecionalidade entre as variáveis de interesse (10, 72, 74). Esse achado também pode ser condizente com a realidade, já que a literatura aponta que o uso de álcool na adolescência é preditor de envolvimento em violência, tanto para ser perpetrador quanto para ser vítima (82). Além disso, os adolescentes estão fazendo uso cada vez mais precoce de álcool, antes dos 15 anos (1). Porém, é válido destacar que o bullying tende a ocorrer em indivíduos mais jovens, e um fator de risco para ser vítima e perpetrador na adolescência é ter se envolvido em bullying na infância (83). Assim, esse problema, geralmente, já vem ocorrendo desde as séries iniciais do ensino fundamental. Portanto, parece mais provável que adolescentes se envolvam primeiro em bullying, para depois fazerem o uso de álcool e outras drogas.

A revisão também destaca que sofrimento psicológico, sintomas depressivos, baixo apoio social e falta de habilidades para enfrentar problemas são variáveis que mediam a relação entre envolvimento em bullying e consumo de álcool (40-43, 67, 72, 79). Uma revisão apontou que a exposição ao bullying está associada ao risco de desenvolver diversos transtornos mentais, principalmente, depressão e ansiedade, bem como ideação e comportamento suicida (84). Além do mais, adolescentes com suporte social apresentam menos chances de serem vitimizados e intervenções com base no suporte social podem reduzir as consequências negativas do bullying (85). Por fim, desenvolver habilidades sociais no geral, como habilidades para a resolução de problemas, também podem promover relações interpessoais mais saudáveis ou ajudar os estudantes a saírem do ciclo da violência (86). Portanto, é fundamental, além das intervenções universais, realizar também intervenções indicadas, voltadas para os adolescentes já envolvidos em bullying, com o intuito de ensiná-los formas mais adequadas de resolução de problemas e de estabelecer vínculos sociais, além de dar suporte para tratamento do sofrimento psicológico.

Ressalta-se que Espelage et al. (5) encontraram que o bullying mediou a relação entre violência na família e uso de álcool e outras drogas. Nesse sentido, estudos retratam que sofrer violência na família é um dos preditores de envolvimento dos indivíduos em bullying (87). Quando crianças e adolescentes sofrem violência na família, eles podem desenvolver baixa autoestima e assertividade, além de aprenderem a regra de que merecem ser violentados, o que os torna mais vulneráveis a serem vítimas de bullying. De outro modo, essas crianças e adolescentes violentados podem aprender a lidar com seus problemas e emoções negativas por meio da agressividade, comportamentos que são comuns na função de autoria. Além disso, sofrer violência na família também aumenta as chances de crianças e adolescentes fazerem consumo de álcool e outras drogas (88). Assim, um indivíduo que foi vítima de violência intrafamiliar terá maiores chances de se envolver em bullying, o que aumentará ainda mais as chances de fazer uso nocivo de álcool.

Quanto aos papéis de bullying, parece ter uma concordância na literatura que a perpetração de bullying, como autor ou autor-vítima, aumenta as chances de fazer uso de álcool na adolescência, em ambos os sexos (6, 9, 10, 29-32, 38, 39, 45, 47, 49, 54, 55, 58, 59, 61, 62, 64, 65, 68, 69, 71, 76). Os autores podem fazer maior uso de álcool porque apresentam um menor controle de impulsos, bem como para lidar com o estresse no ambiente escolar, com a violência intrafamiliar e com seus comportamentos ansiosos e agressivos (82, 86, 88). Com relação aos autores-vítimas, Olivera e Marko (84) afirmam que esses estudantes, com relação aos demais envolvidos no bullying, são os que estão mais expostos a graves desfechos de saúde mental, além de que são os que sofrem maior rejeição dos pares. Assim, esses indivíduos podem consumir álcool para conseguirem enfrentar, de maneira inadequada, situações de intenso sofrimento psicológico e falta de suporte social. Acentua-se que poucos estudos investigaram o papel de testemunhas. Ressalta-se que ser observador de bullying, com frequência, está relacionado com sintomas depressivos e ansiosos, baixo desempenho acadêmico e com crenças pessimistas sobre o futuro (89). Recomenda-se, diante disso, que sejam produzidas mais pesquisas sobre o consumo de álcool e outras drogas por esses estudantes, visto que também sofrem as consequências do envolvimento em bullying.

Vitimização por bullying também parece tornar os adolescentes mais propensos a fazer uso de álcool (6, 10, 31, 33-37, 39, 41, 43, 44, 46, 48-52, 54, 56-58, 60, 63-66, 68, 72-74, 77, 79, 80). Vítimas de bullying podem consumir álcool para suportar o sofrimento psicológico e as emoções negativas advindas da vivência frequente das agressões (84). Porém, aparentemente, há algumas divergências, pois alguns estudos encontraram associação negativa ou nenhuma associação. Esse cenário também foi encontrado com relação ao bullying e uso de substâncias (8). Contudo, ressalta-se que dos oito estudos que foram classificados como de boa qualidade pelo instrumento da NIH, quatro encontraram associação entre vitimização e uso de álcool. Assim, esses quatro estudos apresentaram menor risco de viés e apresentam uma validade interna melhor que os demais estudos, tornando os seus achados mais confiáveis. Além disso, a revisão demostrou que há relações de mediação que são relevantes para determinar se um adolescente vítima fará ou não uso de álcool, como o apoio social (67), o que pode ser o motivo de alguns estudos não encontrarem associação ou associação negativa.

Além disso, encontraram-se também evidências de pesquisas que investigaram tipos específicos de bullying voltados para as minorias sociais: bullying homofóbico, racial e de gênero (35, 48, 51, 56, 62). Esses estudos indicaram que ser autor ou vítima dessas violências pode estar relacionado ao uso de álcool e outras drogas. Uma revisão sistemática aponta que pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers (LGBTQ) se encontram em maior risco de sofrer diversos tipos de bullying em comparação com seus pares cisgênero e heterossexual (90). Assim como indivíduos de minorias éticas/raciais também estão mais propensos a serem vitimizados, quando comparados às pessoas brancas (91). Enfatiza-se que os estudantes vítimas, além de sofrerem as consequências negativas das agressões sistemáticas, ainda são impactados pelo estigma e pela negação de suas identidades, que podem gerar percepções negativas sobre si mesmos e sofrimento psicológico (90, 91). Diante disso, é fundamental que as intervenções preventivas nas escolas busquem promover o respeito às diferenças e aos direitos humanos, levando em consideração as questões étnico-raciais e a diversidade sexual e de gênero.

No que concerne às diferenças entre homens e mulheres, as evidências disponíveis mostraram que há uma maior chance de pessoas envolvidas em bullying, tanto homens quanto mulheres, fazerem uso de álcool do que as pessoas não envolvidas (29, 34, 35, 65, 66, 80). Porém, indivíduos do sexo masculino parecem realizar um consumo mais frequente e pesado do que as mulheres. A literatura indica que indivíduos do sexo masculino têm a tendência de estarem mais envolvidos em bullying, como vítimas ou agressores (83), e em consumo problemático de álcool (1). Esse contexto pode estar relacionado às diferenças culturais e normativas de gênero, nas quais homens apresentam maior tendência a emitir comportamentos agressivos, impulsivos e de dominação.

Em referência às limitações deste estudo, destaca-se que o processo de revisão foi finalizado nas etapas de avaliação da qualidade metodológica e na síntese descritiva dos resultados. Assim, apesar de terem se efetivado os passos principais para a realização de uma revisão sistemática, o processo poderia ter sido ampliado, sendo relevante incluir a análise de inconsistência, a imprecisão e o viés de publicação dos principais achados, bem como avaliar a possibilidade de se efetivar uma metanálise.

Os resultados encontrados podem servir de base para a construção de programas preventivos mais eficazes para o enfrentamento do consumo de álcool e do envolvimento em bullying na adolescência.

Conclusões

Adolescentes envolvidos em bullying e cyberbullying apresentam maiores chances de fazer uso de álcool do que adolescentes não envolvidos, sendo que agressores fazem maior uso de álcool em relação aos autores-vítimas e às vítimas. Além disso, os estudos que atingiram classificação de boa qualidade metodológica apresentaram os seguintes achados: vitimização e autoria por bullying ou cyberbullying foram associados ao consumo de álcool; o sofrimento psicológico mediou parcialmente a associação entre vitimização por cyberbullying e uso posterior de álcool; o bullying e a perpetração violenta mediaram a relação entre violência na família e uso de álcool e outras drogas; sintomas depressivos e uso de álcool são preditores de mais vitimização por bullying; a vitimização relacional esteve associada ao uso precoce de álcool.

Considerações éticas

Por se tratar de uma revisão sistemática da literatura, esta pesquisa não exigiu avaliação de um comitê de ética em pesquisa.

Contribuição dos autores

DL Gonçalves Alves participou das etapas: planejamento, execução do processo de revisão, análise dos dados e redação do artigo. FJ Maia Pinto participou das etapas: planejamento, análise dos dados e revisão crítica do artigo. AC Stelko-Pereira participou das etapas: análise dos dados, redação do artigo e revisão crítica. B Rodrigues Nunes participou da execução do processo de revisão e da redação do artigo. S Rocha da Silva participou da execução do processo de revisão e da redação do artigo. T. Carneiro Cruz participou da execução do processo de revisão e da redação do artigo.

Financiamento

Sem fonte de financiamento.

Conflitos de interesse

Não houve conflitos de interesse.

Referências

1. Global status report on alcohol and health. Genebra: World Health Organization; 2018. https://www.who.int/publications/i/item/9789241565639.

2. Spear LP. Adolescents and alcohol: Acute sensitivities, enhanced intake, and later consequences. Neurotoxicol Teratol. 2014;41:51-59. https://doi.org/10.1016/j.ntt.2013.11.006

3. Kelly OJ, Ferreira RC, Ferreira EF, Vale MP, Kawachi I, Zarzar PM. Binge drinking and associated factors among adolescents in a city in southeastern Brazil: A longitudinal study. Cad Saúde Pública. 2017;33(2):1-13. https://doi.org/10.1590/0102-311X00183115

4. Grune B, Piontek D, Pogarell O, Grubl A, Grob C, Reis O, Ulrich SZ, Kraus L. Acute alcohol intoxication among adolescents-the role of the context of drinking. Eur J Pediatr. 2017;176:31-39. https://doi.org/10.1007/s00431-016-2797-4.

5. Espelage DL, Low S, Rao MA, Hong JS, Little TD. Family violence, bullying, fighting, and substance use among adolescents: A longitudinal mediational model. J Res Adolesc. 2013;24(2):337-349. https://doi.org/10.1111/jora.12060

6. Gaete J, Tornero B, Velenzuela D, Rojas-Barahona CA, Salmivalli C, Valenzuela E, Araya R. Substance use among adolescents involved in bullying: A cross-sectional multilevel study. Front Psychol. 2017;8:1-14. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.01056

7. Gámez-Guadix M, Orue I, Smith PK, Calvete E. Longitudinal and reciprocal relations of cyberbullying with depression, substance use, and problematic internet use among adolescents. J Adolesc Health. 2013;53:446-452. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2013.03.030

8. Horta CL, Horta RL, Mester A, Lindern D, Weber JLA, Levandowski D, et al. Bullying e uso de substâncias psicoativas na adolescência: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva. 2018;23(1):123-140. https://doi.org/10.1590/1413-81232018231.20932015

9. Kelly EV, Newton NC, Stapinski LA, Slade T, Barrett EL, Conrod PJ, et al. Suicidality, internalizing problems and externalizing problems among adolescent bullies, victims and bully-victims. Prev Med. 2015;73:100-105. https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2015.01.020

10. Lee J, Hong JS, Resko SM, Tripodi SJ. Face-to-face bullying, cyberbullying, and multiple forms of substance use among school-age adolescents in the USA. School Mental Health. 2018;10:12-25. https://doi.org/10.1007/s12310-017-9231-6

11. Olweus D. School bullying: Development And some important challenges. Annu Rev Clin Psychol. 2013;9:751-780. https://doi.org/10.1146/annurev-clinpsy-050212-185516

12. Rettew DC, Pawlowski S. Bullying. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am. 2016;25:235-242. https://doi.org/10.1016/j.chc.2015.12.002

13. Hutson E. Cyberbullying in Adolescence. Advances in nursing science. 2016;39(1):60-70. https://doi.org/10.1097/ANS.0000000000000104.

14. Peter, IK, Petermann F. Cyberbullying: A concept analysis of defining attributes and additional influencing factors. Comput Hum Behav. 2018;86:350-366. https://doi.org/10.1016/j.chb.2018.05.013

15. Chester KL, Callaghan M, Cosma A, Donnelly Pe, Craig W, Walsh S, Molcho M. Cross-national time trends in bullying victimization in 33 countries among children aged 11, 13 and 15 from 2002 to 2010. Eur J Public Health. 2015;25:61-64. https://doi.org/10.1093/eurpub/ckv029

16. Violência escolar e bullying: Relatório sobre a situação mundial. Brasília: UNESCO; 2019. https://prceu.usp.br/repositorio/violencia-escolar-e-bullying-relatorio-sobre-a-situacao-mundial/

17. Brochado S, Soares S, Fraga S. A scoping review on studies of cyberbullying prevalence among adolescents. Trauma, Violence Abuse. 2017;18:523-531. https://doi.org/10.1177/1524838016641668

18. Donoghue K, Rose H, Boniface S, Deluca P, Coulton S, Alam MF, et al. Consumption, early-onset drinking, and health-related consequences in adolescents presenting at emergency departments in England. J Adolesc Health. 2017;60:438-446. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2016.11.017

19. Grigsby TJ, Forster M, Unger JB, Sussman S. Predictors of alcohol-related negative consequences in adolescents: A systematic review of the literature and implications for future research. J Adolesc Health. 2016;48:18-35. https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2016.01.006

20. Arseneault L. Annual Research Review: The persistent and pervasive impact of being bullied in childhood and adolescence: Implications for policy and practice. J Child Psychol Psychiatry. 2017;59:405-421. https://doi.org/10.1111/jcpp.12841

21. Fantaguzzi C, Allen E, Miners A, Christie D, Opondo C, Sadique Z, Fletcher A, Grieve R, Bonell C, Viner RM, Legood R. Health-related quality of life associated with bullying and aggression: A cross-sectional study in English secondary schools. Eur J Health Econ. 2018;19:641-651. https://doi.org/10.1007/s10198-017-0908-4

22. Moher D, Liberati A, Tezlaff, Altman DG, The PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. PLoS Med. 2009;6:1-6. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097

23. Higgins, JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions version 6. Londres: The Cochrane Collaboration; 2019. https://training.cochrane.org/handbook

24. Huang, X, Lin J, Demner-Fushman D. Evaluation of PICO as a knowledge representation for clinical questions. AMIA Ann Symp Proc. 2006;2006:359-63. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1839740/

25. Global Accelerated Action for the Health of Adolescents: Guidance to Support Country Implementation. Genebra: World Health Organization; 2017. https://www.who.int/maternal_child_adolescent/documents/adolescents-health/en/.

26. Study Quality Assessment Tools. [place unknown]: National Heart, Lung, and Blood Institute; 2020. https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/study-quality-assessment-tools.

27. Hulley SB, Cummings SR, Browner WS, Grady DG, Newman TB. Delineando a pesquisa clínica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed; 2015.

28. Afifi RA, El-Asmar K, Bteddini D, Assi M, Yassin N, et al. Bullying victimization and use of substances in high school: Does religiosity moderate the association? J Relig Health. 2020;59(1):334-350. https://doi.org/10.1007/s10943-019-00789-8

29. Archimi A, Kuntsche E. Do offenders and victims drink for different reasons? Testing mediation of drinking motives in the link between bullying subgroups and alcohol use in adolescence. Addict Behav. 2014;39:713-716. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2013.11.011

30. Bradshaw CP, Waasdorp TE, Goldweber A, Johnson, SL. Bullies, gangs, drugs, and school: Understanding the overlap and the role of ethnicity and urbanicity. J Youth Adolesc. 2013;42(2):220-234. https://doi.org/10.1007/s10964-012-9863-7

31. Carvalho, M, Branquinho C, Matos MG. Emotional symptoms and risk behaviors in adolescents: Relationships with cyberbullying and implications on well-being. Violence and victims. 2018;33(5):871-885. https://doi.org/10.1891/0886-6708.VV-D-16-00204

32. Conegundes LSO, Valente JY, Martins CB, Andreoni S, Sanchez ZM. Binge drinking and frequent or heavy drinking among adolescents: prevalence and associated factors. J Pediatr. 2020;96(2):193-201. https://doi.org/10.1016/j.jped.2018.08.005

33. Elisaus P, Williams G, Bourke M, Clough G, Harrison A, Verma A. Factors associated with the prevalence of adolescent binge drinking in the urban areas of Greater Manchester. Eur J Public Health. 2015;28(1):49-54. https://doi.org/10.1093/eurpub/ckv115

34. Elledge LC, Smith DE, Kilpatrick CT, McClain CM, Moor TM. The associations between bullying victimization and internalizing distress, suicidality, and substance use in Jamaican adolescents: The moderating role of parental involvement. J Soc Pers Relat. 2019;36(7):2202-2220. https://doi.org/10.1177/0265407518786804

35. Feinstein BA, Turner BC, Beach LB, Korpak AK, Phillips G. Racial/ethnic differences in mental health, substance use, and bullying victimization among self-identified bisexual high school-aged youth. LGBT health. 2019;6(4):174-183. https://doi.org/10.1089/lgbt.2018.0229

36. Fleming LC, Jacobsen KH. Bullying among middle-school students in low and middle income countries. Health promotion international. 2009;25(1):73-84. https://doi.org/10.1093/heapro/dap046

37. Fossati A, Borroni S, Cesare M. Bullying as a style of personal relating: Personality characteristics and interpersonal aspects of self-reports of bullying behaviours among Italian adolescent high school students. Personality and Mental Health. 2012;6:325-339. https://doi.org/10.1002/pmh.1201

38. Garcia-Continente X, Pérez-Giménez A, Espelt A, Adell MN. Bullying among schoolchildren: Differences between victims and aggressors. Gaceta Sanitaria. 2013;27(4):350-354. https://doi.org/10.1016/j.gaceta.2012.12.012

39. Hong JS, Kim DH, Hunter SC. Applying the social–ecological framework to explore bully–victim subgroups in South Korean schools. Psychology of violence. 2019;9(3):267. https://doi.org/10.1037/vio0000132

40. Jochman JC, Cheadle JE, Goosby BJ. Do adolescent risk behaviors mediate health and school bullying? Testing the stress process and general strain frameworks. Social Science Research. 2017;65:195-209. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2016.12.002

41. Kim DH, Hong JS, Wei HS, Lee JM, Hahm HC, Espelage DL. Pathways from bullying victimization to alcohol and tobacco use in South Korean adolescents: Findings from a nationally representative sample. J Soc Soc Work Res. 2018;9(3):34-40. https://doi.org/10.1086/699187

42. Kim YK, Okumu M, Small E, Nikolova SP, Mengo C. The association between school bullying victimization and substance use among adolescents in Malawi: The mediating effect of loneliness. Int J Adolesc Med Health. 2018;32(5). https://doi.org/10.1515/ijamh-2017-0229

43. Kim YK, Kim YJ, Maleku A, Moon, SS. Typologies of peer victimization, depression, and alcohol use among high school youth in the United States: Measuring gender differences. Social work in public health. 2019;34(4):293-306. https://doi.org/10.1080/19371918.2019.1606750

44. Lambe LJ, Craig WM. Bullying involvement and adolescent substance use: A multilevel investigation of individual and neighbourhood risk factors. Drug and alcohol dependence. 2017;178:461-468. https://doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2017.05.037

45. Mota RS, Gomes NP, Campos LM, Cordeiro KCC, Souza CNP, Camargo CL de. School adolescents: association between the bullying experience and the alcohol/drug consumption. Texto contexto - enferm. 2018;27(3):e3650017. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072018000300332&lng=en. Epub Sep 13, 2018.

46. McGee E, Valentine C, Schulte MT, Brown SA. Peer victimization and alcohol involvement among adolescents self-selecting into a school-based alcohol intervention. Journal of Child & Adolescent Substance Abuse. 2011;20(3):253-269. https://doi.org/10.1080/1067828X.2011.581904

47. Oliveira WAD, Silva MAI, Silva JLD, Mello FCMD, Prado RRD, Malta DC. Associations between the practice of bullying and individual and contextual variables from the aggressors’ perspective. J Pediatr. 2016;92(1):32-39. https://doi.org/10.1016/j.jped.2015.04.003

48. Pan SW, Spittal PM. Health effects of perceived racial and religious bullying among urban adolescents in China: A cross-sectional national study. Global Public Health. 2013;8(6):685-697. https://doi.org/10.1080/17441692.2013.799218

49. Peleg-Oren N, Cardenas GA, Comerford M, Galea S. An association between bullying behaviors and alcohol use among middle school students. J Early Adolesc. 2012;32(6):761-775. https://doi.org/10.1177/0272431610387144

50. Pengpid S, Peltzer K. Bullying victimization and externalizing and internalizing symptoms among in-school adolescents from five ASEAN countries. Child Youth Serv Rev. 2019;106:104473. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2019.104473

51. Pollitt AM, Mallory AB, Fish JN. Homophobic bullying and sexual minority youth alcohol use: Do sex and race/ethnicity matter? LGBT Health. 2018;5(7):412-420. https://doi.org/10.1089/lgbt.2018.0031

52. Priesman E, Newman R, Ford JA. Bullying victimization, binge drinking, and marijuana use among adolescents: results from the 2013 National Youth Risk Behavior Survey. J Psychoact Drugs. 2018;50(2):133-142. https://doi.org/10.1080/02791072.2017.1371362

53. Quinn CA, Fitzpatrick S, Bussey K, Hides L, Chan GCK. Associations between the group processes of bullying and adolescent substance use. Addict Behav. 2016;62:6-13. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2016.06.007

54. Radliff KM, Wheaton JE, Robinson K, Morris J. Illuminating the relationship between bullying and substance use among middle and high school youth. Addict Behav. 2012;37:569-572. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2012.01.001

55. Reis e Silva, GR, Lima MLC, Barreira AK, Acioli RML. Prevalence and factors associated with bullying: Differences between the roles of bullies and victims of bullying. J Pediatr. 2019;4:1-9. https://doi.org/10.1016/j.jped.2019.09.005

56. Reisner SL, Graytak EA, Parsons JT, Yabarra M. Gender minority social stress in adolescence: Disparities in adolescent bullying and substance use by gender identity. J Sex Res. 2015;52(3):243-256. https://doi.org/10.1080/00224499.2014.886321

57. Rodríguez-Enríquez M, Bennasar-Veny M, Leiva A, Yañez A. Alcohol and tobacco consumption, personality, and cybervictimization among adolescents. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(17):3123. https://doi.org/10.3390/ijerph16173123

58. Sangalang C, Tran A, Ayers S, Marsiglia F. Bullying among urban Mexican-heritage youth: Exploring risk for substance use by status as a bully, victim, and bully-victim. Child Youth Serv Rev. 2016;61:216-221. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2015.12.019

59. Smith B, Phongsavan P, Bauman A, Havea D, Chey T. Comparison of tobacco, alcohol and illegal drug usage among school students in three Pacific Island societies. Drug and Alcohol Dependence. 2007;88(1):9-18. https://doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2006.08.030

60. Silva RAD, Cardoso TDA, Jansen K, Souza LDDM, Godoy RV, et al. (2012). Bullying and associated factors in adolescents aged 11 to 15 years. Trends Psychiatry Psychother. 2012;34(1):19-24. https://doi.org/10.1590/S2237-60892012000100005

61. Sousa BDOP, Santos MAD, Stelko-Pereira AC, Chaves EDCL, et al. Uso de drogas e bullying entre adolescentes brasileiros. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2019;35. https://doi.org/10.1590/0102.3772e35417

62. Stone AL, Carlisle SK. Racial bullying and adolescent substance use: An examination of school-attending young adolescents in the United States. J Eth Subst Abuse. 2017;16(1):23-42. https://doi.org/10.1080/15332640.2015.1095666

63. Tharp-Taylor S, Haviland A, D'Amico EJ. Victimization from mental and physical bullying and substance use in early adolescence. Addict Behav. 2009;34(6-7):561-567. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2009.03.012

64. Vieno A, Gini G, Santinello M. Different Forms of Bullying and Their Association to Smoking and Drinking Behavior in Italian Adolescents. J School Health. 2011;81(7):393-399. https://doi.org/10.1111/j.1746-1561.2011.00607.x

65. Wiguna T, Ismail RI, Sekartini R, Setyawati N, Rahardjo NSW, Kaligis F, Prabowo AL, Hendarmo R. The gender discrepancy in high-risk behaviour outcomes in adolescents who have experienced cyberbullying in Indonesia. Asian J Psychiat. 2018;37:130-135. https://doi.org/10.1016/j.ajp.2018.08.021

66. Wormington SV, Anderson KG, Tomlinson KL, Brown SA. Alcohol and other drug use in middle school: The interplay of gender, peer victimization, and supportive social relationships. J Early Adolesc. 2013;33:610-634. https://doi.org/10.1177/0272431612453650

67. Wright MF. Cybervictimization and substance use among adolescents: The moderation of perceived social support. J Soc Work Practice Addict. 2016;16(1-2):93-112. https://doi.org/10.1080/1533256X.2016.1143371

68. Yen CF, Yang P, Wang PW, Lin HC, Liu TL, Wu YY, Tang TC. Association between school bullying levels/types and mental health problems among Taiwanese adolescents. Compr Psychiat. 2014;55(3):405-413. https://doi.org/10.1016/j.comppsych.2013.06.001

69. Carvalhosa SF, Lima L, Matos MG. Bullying: a provocação/vitimação entre pares no contexto escolar português. Análise Psicológica. 2002;4(20):571-585. https://doi.org/10.14417/ap.21

70. Garcia-Continente X, Giménez AP, Adell MN. Factores relacionados con el acoso escolar (bullying) en los adolescentes de Barcelona. Gac Sanit. 2010;24(2):103-108. https://doi.org/10.1016/j.gaceta.2009.09.017

71. Chan SF; La Greca AM, Peugh JL. Cyber victimization, cyber aggression, and adolescent alcohol use: Short-term prospective and reciprocal associations. J Adolesc. 2019;74:13-23. https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2019.05.003

72. Cénat JM, Brais M, Lavoie F, Caron PO, Hébert M. Cyberbullying victimization and substance use among Quebec high schools students: The mediating role of psychological distress. Comput Hum Behav. 2018;89:207-212. https://doi.org/10.1016/j.chb.2018.08.014

73. Davis JP, Dumas TM, Merrin GJ, Espelage DL, Tan K, Madden D, Hong, JS. Examining the pathways between bully victimization, depression, academic achievement, and problematic drinking in adolescence. Psychol Addict Behav. 2018;32: 605-616. https://doi.org/10.1037/adb0000394

74. Earnshaw VA, Elliott MN, Reisner SL, Mrug S, Windle M, Emery ST, Peskin MF, Schuster MA. Peer victimization, depressive symptoms, and substance use: A longitudinal analysis. Pediatrics. 2017;139(6). https://doi.org/10.1542/peds.2016-3426

75. Foster M, Dyal SR, Baezconde-Garbanati L, Chou CP, Soto DW, Unger JB. Bullying victimization as a mediator of associations between cultural/familial variables, substance use, and depressive symptoms among Hispanic youth. Ethn Health. 2013;18(4):415-432. https://doi.org/10.1080/13557858.2012.754407

76. Hemphill SA, Kotevski A, Herrenkohl TI, Bond L, Kim MJ, Toumbourou JW, Catalano RF. Longitudinal consequences of adolescent bullying perpetration and victimisation: A study of students in Victoria, Australia. Crim Behav Ment Health. 2011;21(2):107-116. https://doi.org/10.1002/cbm.802

77. Kelly EV, Newton NC, Stapinski LA, Slade T, Barrett EL, Conrod PJ, Teesson M. Concurrent and prospective associations between bullying victimization and substance use among Australian adolescents. Drug and alcohol dependence. 2015;154:63-68. https://doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2015.06.012

78. Livingston JA, Derrick JL, Wang W, Testa M, Nickerson AB, Espelage DL, Miller KE. Proximal Associations among Bullying, Mood, and Substance Use: A Daily Report Study. J Child Fam Stud. 2019;28:2558-2571. https://doi.org/10.1007/s10826-018-1109-1

79. Topper LR, Castellanos-Ryan N, Mackie C, Conrod PJ. Adolescent bullying victimisation and alcohol-related problem behaviour mediated by coping drinking motives over a 12 month period. Addict Behav. 2011;36:6-13. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2010.08.016

80. Woerner J, Ye F, Hipwell AE, Chung T, Sartor CE. Relational peer victimization interacts with depression severity to predict the timing of alcohol use initiation in adolescent girls. Alcohol Clin Exp Res. 2020;44(1):255-263. https://doi.org/10.1111/acer.14241

81. Evans-Lacko S, Takizawa R, Brimblecombe N, King D, Knapp M, Maughan B, Arseneault L. Childhood bullying victimization is associated with use of mental health services over five decades: A longitudinal nationally representative cohort. Psychol Med. 2017;47:127-135. https://doi.org/10.1017/S0033291716001719

82. Carvalho AP, Silva TC, Valença PAM, Ferreira SCFB, Colares V, Menezes VA. Consumo de álcool e violência física entre adolescentes: quem é o preditor? Ciên Saúde Colet. 2017;22(12):4013-4020. https://doi.org/10.1590/1413-812320172212.06172016

83. Kljakovic M, Hunt C. A meta-analysis of predictors of bullying and victimisation in adolescence. J Adolesc. 2016;49:134-145. https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2016.03.002

84. Olivera AH, Marko K. Bullying and mental health. Psihijatrija Danas. 2018;50(1):59-66. https://doi.org/10.5937/PsihDan1801059A

85. Mishna F, Khoury-Kassabri M, Schwan K, Wiener J, Craig W, Beran T, Pepler D, Daciuk J. The contribution of social support to children and adolescents’ self-perception: The mediating role of bullying victimization. Child Youth Serv Rev. 2016;63:120-127. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2016.02.013

86. Almeida LS, Lisboa C. Habilidades sociais e bullying: uma revisão sistemática. Contextos clínic. 2014;7(1). http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2014.71.06

87. Oliveira WA, Silva JL, Sampaio JMC, Silva MAI. Saúde do escolar: uma revisão integrativa sobre família e bullying. Ciên Saúde Colet. 2017;22(5):1553-1564. https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.09802015

88. Ferreira MF, Moraes CL, Braga JU, Reichenheim ME, Veiga GV. Abusive alcohol consumption among adolescents: A predictive model for maximizing early detection and responses. Public Health. 2018;59:99-106. https://doi.org/10.1016/j.puhe.2018.02.008

89. Evans CBR, Smokowski PR, Rose RA, Mercado MC, Marshall K. Cumulative bullying experiences, adolescent behavioral and mental health, and academic achievement: An integrative model of perpetration, victimization, and bystander behavior. J Child Fam Stud. 2019;28:2415-2428. https://doi.org/10.1007/s10826-018-1078-4

90. Moyano N, Sánchez-Fuentes, MDM. Homophobic bullying at schools: A systematic review of research, prevalence, school-related predictors and consequences. Aggress Violent Behav. 2020;53:1-14. https://doi.org/10.1016/j.avb.2020.101441

91. Cabrera AF, Guerrero AJM, Sánchez JSP, Rodríguez-García M. Bullying among teens: Are ethnicity and race risk factors for victimization? A Bibliometric Research. Education Sci. 2019;9(2020): 1-13. https://doi.org/10.3390/educsci9030220

Anexo

Tabela A1
Descrição da estratégia de busca das bases de dados PubMed e Medline
Descrição da estratégia de busca das bases de dados PubMed e Medline


Fonte: elaboração própria.

Notas

* Artigo de revisão.

Autor notes

a Autora de correspondência. Correio eletrônico: dayselorranealves@gmail.com

Informação adicional

Para citar este artigo: Alves DLG, Pinto FJM, Stelko-Pereira AC, Nunes BR, Silva SR, Cruz TC. Uso de álcool por adolescentes envolvidos em bullying e cyberbullying, como autores, vítimas e autores-vítimas: uma revisão sistemática da literatura. Rev Gerenc Polit Salud. 2021;20. https://doi.org/10.11144/Javeriana.rgps20.uaab

Contexto
Descargar
Todas