A opinião dos enfermeiros diretores sobre a intervenção do enfermeiro chefe
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A gestão moderna, para além das componentes administrativas – planeamento, organização, direção e controlo - exige uma combinação de conhecimentos, aptidões, atitudes e comportamentos que são fluidos na sua tónica em diferentes tipos de organizações, como a liderança, a gestão do desempenho, o pensamento e planeamento estratégicos, a negociação, a comunicação, a gestão de recursos humanos e a melhoria da qualidade, entre outros (1), com reflexos na intervenção dos enfermeiros chefes/gestores.
Neste artigo, apresenta-se parte de um estudo exploratório, com o objetivo de conhecer a opinião dos enfermeiros diretores de cinco hospitais do Norte de Portugal, sobre as áreas de intervenção do enfermeiro-chefe/gestor. Na recolha de dados utilizámos a entrevista semiestruturada. O tratamento de dados foi efetuado através da análise de conteúdo segundo Bardin (2). Dos resultados, ressalta a convergência acentuada de opiniões dos entrevistados, destacando-se, o referencial da função construído em torno de: gestão de cuidados, recursos humanos e materiais, e projetos; planeamento estratégico; formação de enfermeiros; investigação e divulgação científica. As conclusões apontam para uma visão do enfermeiro chefe/gestor como elemento estruturante na gestão de uma unidade de cuidados e impulsionador do desenvolvimento da qualidade dos cuidados, dos profissionais e dos serviços, tornando-se necessário uma maior aposta na formação destes profissionais.