Publicado dic 4, 2019



PLUMX
Almetrics
 
Dimensions
 

Google Scholar
 
Search GoogleScholar


Maria Aparecida de Jesus Xavier Gusmão http://orcid.org/0000-0001-8761-3325

Bianca Carvalho da Graça https://orcid.org/0000-0002-1878-2237

Michele de Melo Mariano https://orcid.org/0000-0002-8745-6419

Ana Cláudia Pereira Terças http://orcid.org/0000-0001-8761-3325

Vagner Ferreira Nascimento http://orcid.org/0000-0002-3355-163X

Josué Souza Gleriano http://orcid.org/0000-0001-5881-4945

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Resumen

Introdução: A vida no encarceramento é permeada por desafios de diferentes áreas, a percepção sobre como as mulheres percebem saúde e o seu processo de adoecimento no ambiente prisional é fundamental para ampliar as discussões que possam reduzir as iniquidades a que estão expostas. Objetivo: Conhecer e refletir sobre a percepção do processo saúde-doença a partir do ponto de vista de reeducandas. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa desenvolvida em uma Cadeia Pública Feminina de um município da região médio norte de Mato Grosso junto a 57 mulheres condenadas ou em regime provisório. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro de 2016, através de entrevista individual guiada por roteiro semiestruturado elaborado pelos próprios pesquisadores, contendo questões abertas que abordavam aspectos relacionados à percepção das reeducandas sobre o conceito de saúde e seus condicionantes e determinantes. Resultados: Os relatos expressaram significados diversificados de saúde para essa população, desde conceitos reduzidos à outros mais amplos, correspondendo à ausência de doenças, acesso aos profissionais de saúde e medicamentos, autocuidado, possibilidade de exercerem atividades laborais e liberdade. Conclusões: Ressalta-se a necessidade da criação e efetivação de políticas públicas e projetos sociais, oferta de educação continuada aos profissionais penitenciários, parceria com atores sociais e participação ativa dos profissionais de saúde para garantia de melhor qualidade de vida para as reeducandas e manutenção do sistema prisional.

Keywords
References
1. Câmara AMCS, Melo, VLC, Gomes MGP, Pena BC, Silva AP, Oliveira KM, et al. Percepção do processo saúde-doença: significados e valores da educação em saúde. Rev Bras Educ Méd 2012;36(1):40-50.

2. Araújo JS, Xavier MP. O conceito de saúde e os modelos de assistência: considerações e perspectivas em mudança. Revista Saúde em Foco. 2014;1(1):117-49.

3. Loureiro I, Miranda N. Promover a saúde dos fundamentos à ação. Portugal: Almedina; 2016.

4. OMS/WHO. Constituição da Organização Mundial de Saúde 1946 [Internet]. 2017 [citado 12 jun 2017]; Disponível em: https://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html

5. Buss PM, Filho AP. A saúde e seus determinantes sociais. Physis (Rio J.). 2007;17(1):77-93.

6. Alves ESRC, Davim RMB, Oliveira LFM, Rodrigues ESRC, Nóbregas MF, Torquato JA. Condições de vida e de saúde de mulheres em uma unidade prisional feminina. Rev Enferm UFPE. 2016;10(3):958-68.

7. Departamento Penitenciário Nacional, Brasil. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias INFOPEN [internet]. 2014. [citado em 12 jun 2017]. Disponível em: https://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-feira/relatorio-depen-versao-web.pdf

8. Renostogennari A, Moreira ACA, Cassou BA, Viel CC, Terasoto C, Gomes CZ. Dossiê: as mulheres e o sistema penal [internet]. 2015 [citado em 12 jun 2017]. Disponível em: https://www.oabpr.org.br/downloads/dossiecompleto.pdf

9. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 2013.

10. Macedo LC, Larocca LM, Chaves MMN, Mazza VA. Análise do discurso: uma reflexão para pesquisar em saúde. Interface. 2008;12(26):649-57.

11. Aristides JL, Lima JVC. Processo saúde-doença da população em situação derua dacidade de londrina: aspectos do viver e do adoecer. Revista Espaço para a Saúde. 2009;10(2):43-52.

12. Oliveira RCC, Sá LD, Silva AO, Vianna RPT, Lima AS, Oliveira AAV. Representações sociais sobre saúde e doença construídas por índios potiguara. Rev Enferm UFPE. 2014;8(8):2736-45.

13. Hatton DC, Fisher AA. Using participatory methods to examine policy and women prisoners’ health. Policy Polit Nurs Pract. 2011;12(2):119-25.

14. Binswanger IA, Merrill JO, Krueger PM, White MC, Booth RE, Elmore JG. Gender differences in chronic medical, psychiatric, and substance-dependence disorders among jail inmates. Am J Public Health. 2010;100(3):476-82.

15. Harner HM, Riley S. Factors contributing to poor physical health in incarcerated women. J Health Care Poor Underserved. 2013;24(2):788-801.

16. Martins ÉLC, Martins LG, Silveira AM, Melo EM. The contradictory right to health of people deprived of liberty: the case of a prison in Minas Gerais, Brazil. Saúde Soc. 2014;23(4):1222-34.

17. Polisello C, Oliveira CM, Pavan M, Gorayeb R. Perception of elderly men about health and primary health care. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2014;9(33):323-35.

18. Brasil. Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas [internet]. 2004 [citado em 12 jun 2017]. Disponível em: https://www.bit.ly/2MeFY5E

19. Sousa MCP, Neto FJA, Sousa PCC, Silva CLC. Atenção à saúde no sistema penitenciário: revisão de literatura. Rev Interdisciplin. 2013;6(2):144-51.

20. Cesar TS. “For prisoners Your Honor: no hospital”: The health care offered to poor inmates in the province of São Pedro. História Unisinos. 2015;19(2):218-28.

21. Fernandes LH, Alvarenga CW, Santos LL, Filho AP. Necessidade de aprimoramento do atendimento à saúde no sistema carcerário. Rev Saúde Públ. 2014;48(2):275-83.

22. Barsaglini RA, Arruda MB, Lopes VA. Saúde penitenciária: experiência de profissionais atuantes na atenção em unidades prisionais de Cuiabá/MT e na gestão das ações no nível central. Cuiabá: Instituto de Saúde Coletiva; 2016.

23. Costa DW, Goulart BF, Parreira BDM, Borges FA, Tavares DMS, Chaves LDP. Health education and user’s empowerment of the family health strategy. Rev Enferm UFPE. 2016;10(1):96-102.

24. Massarollo MD, Tognon FAB, Bressan DRP, Follador FAC, Vieira AP. Interfaces da alimentação no sistema prisional: o caso de um centro de detenção e ressocialização do Paraná. Colloquium Vitae. 2012;14(20):125-51.

25. Pimentel IS, Carvalho LFS, Carvalho SN, Carvalho CMS. Perception of women deprived of liberty health assistance of about the prison system. Rev Interdisciplin. 2015;8(4):109-19.

26. Moraes AM, Moraes BM, Ramos VM. The practice oh physical activity in prison: what condemned think about it? Cad Educ Fís Esport. 2014;12(1):47-54.

27. Araújo CBM. A educação na prisão: reflexões acerca da EJA no processo de ressocialização. Paraíba. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas] - Universidade Estadual da Paraíba, Brasil; 2013.

28. Vendruscolo C, Trindade LL, Rech KCJ, Ferraz L, Krauzer IM. Promoção da saúde: concepções que permeiam o ideário de gestores do Sistema Único de Saúde. R Pol Públ. 2015;19(1):315-26.

29. Mari FR, Alves GG, Aerts DRGC, Camara S. The aging process and health: what middle-aged people think of the issue. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(1):35-44.

30. Moreira MC. Determinação social da saúde: fundamento teórico-conceitual da reforma sanitária brasileira. Porto Alegre. Dissertação [Mestrado em Serviço Social], Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil; 2013.

31. Rosa AS, Secco MG, Brêtas ACP. O cuidado em situação de rua: revendo o significado do processo saúde-doença. Rev Bras Enferm. 2006;59(3):331-6.

32. Ireland TD, Lucena HHR. Educação e trabalho em um centro de reeducação feminina: um estudo de caso. Cad Cedes. 2016;36(98):61-78.
Cómo citar
Gusmão, M. A. de J. X., Graça, B. C. da, Mariano, M. de M., Terças, A. C. P., Nascimento, V. F., & Gleriano, J. S. (2019). Na detenção ou na liberdade: onde eu encontro minha saúde?. Investigación En Enfermería: Imagen Y Desarrollo, 21(2). https://doi.org/10.11144/Javeriana.ie21-2.dloe
Sección
Artículos Originales de Investigación