Resumo
Para a década dos 60, o termo marginalidade começa a ser utilizado na América Latina como conceito dentro das ciências sociais para dar conta dos efeitos heterogêneos e desiguais dos processos de industrialização e desenvolvimento. A emergência desta noção desenvolve-se no campo de disputa de dois paradigmas em conflito, dando lugar a duas grandes vertentes interpretativas: a ideia de marginalidade social ou cultural desenvolvida no marco da teoria da modernização, e a noção de marginalidade econômica elaborada pela teoria da dependência. Este trabalho propõe revistar as características que adquire o conceito de marginalidade em cada um destes dois marcos conceituais focando nos trabalhos de Gino Germani, José Nun e Miguel Murmis. Finalmente, o artigo faz observação dos principais argumentos contidos na revisita contemporânea do conceito e as potencialidades para sua aplicabilidade na atual realidade latino-americana.
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