As políticas habitacionais latino-americanas, instaladas na metade do século XX pelo Estadode Bem-estar social, incentivaram estratégias de “ativação da proposta construtiva”para atender à enorme demanda dos processos de urbanização e industrialização. Estemodelo de intervenção pública direta não conseguiu atingir sustentabilidade, evoluindopara modelos de “ativação de demanda” mudando o motor agente á sistema financeiro eao mercado. Ambos modelos reforçam a perspectiva setorial ligada mais ao crescimentoeconômico que à inclusão social. Argentina tem mantido a orientação inicial. O SistemaFonavi e a política de habitação Federal funcionam até os dias atuais como instrumentopolítico-técnico de governabilidade e de reativação econômica na frente da crisesócio-econômica recorrentes. Diante de uma escassez de habitação que persiste, o artigoquestiona a conveniência de manter os rumos atuais e identifica os dilemas e desafios presentesdesde um enfoque de Direitos.