No presente artigo faz-se contraposição entre o discurso oficial vigente ao redor do controle urbano na cidade de Bogotá e uma leitura crítica do mesmo, a partir de algumas evidencias históricas e normativas. Toma-se como referentes metodológicos a sociologia do controle penal e a análise crítica do discurso; este último permite descobrir que o urbanístico é uma espécie de controle estatal centralizado que tem-se exercido desde a Colônia até a atualidade fundado na vigilância, a disciplina e a punição, que opera em favor dos interesses dos grupos económicos dominantes e exclui outros tipos de controle. Como resultado, foi gerado um esquema de cidade segmentada, com alto grau de segregação social e espacial, mediante a criação de barreiras territoriais que impedem seu desfrute e a satisfação das necessidades e os direitos fundamentais em condições de eqüidade.