Resumo
A palavra prostituição não faz referência apenas à troca de sexo por dinheiro ou bens, senão, sobretudo, a um tipo de conduta humana que devido às práticas sexuais envolvidas é definida e estigmatizada como desvio social. Tal compreensão da prostituição surge através de processos históricos específicos no mundo ocidental, principalmente na construção dialética da sexualidade «legítima» e «ilegítima». Nela, o casamento e depois o namoro são convertidos nas únicas situações em que a sexualidade é permitida. A validez de essa compreensão da prostituição estende-se até hoje e, embora sua gestação em ocidente, marcou as interpretações sobre prostituição em contextos não-ocidentais. Como é que se construiu tal compreensão de prostituição em ocidente? Quais imagens e valorações sobre a prostituição ou sobre as prostitutas foram legitimadas através desta compreensão até hoje? Como essa compreensão da prostituição influenciou a interpretação da troca de sexo por dinheiro ou bens em contextos não-ocidentais, como por exemplo em África? Essas são as perguntas a serem abordadas no presente texto.A revista Memoria y Sociedad encontra-se registada sob a licencia Creative Commons Versão 4.0 Internacional. Portanto, esta obra pode se reproduzir, distribuir e comunicar publicamente em formato digital, sempre que dado o crédito apropriado para os autores e a Pontificia Universidad Javeriana. Permite-se citar, adaptar, remixar, transformar, autoarquivar, republicar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial, sempre que indicado apropriadamente o nome do criador, provido um link para a obra original e indicado se mudanças foram feitas. A Pontificia Universidad Javeriana não retém os direitos sobre as obras publicadas e os conteúdos são responsabilidade exclusiva dos autores, os quais conservam seus direitos morais, intelectuais, de privacidade e publicidade.
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