Metamorfosis del pensamiento en contabilidad

Resumo

Este estudo propõe repensar o pensamento contábil, abordando as barreiras que têm limitado o seu desenvolvimento na modernidade. O conhecimento econômico avançou historicamente por meio de rupturas na relação sujeito–objeto: primeiro, com a defesa do método científico por Francis Bacon; depois, com a ênfase cartesiana no pensamento racional; e, por fim, com a terceira lei da mecânica de Newton, que transferiu princípios mecânicos para as ciências sociais. Uma análise crítica revela obstáculos lógicos, como o princípio do terceiro excluido, que favoreceram a fragmentação do conhecimento em especializações estreitas e obscureceram a realidade em sua totalidade. De modo semelhante, as relações socio-naturais, estruturadas pelo dualismo sujeito-objeto, reforçaram a exploração da natureza sob o paradigma da primeira lei da termodinâmica (“a matéria e a energia se transformam, mas não se destroem”), alimentando a ilusão de recursos inesgotáveis. Essas concepções moldaram os fundamentos do saber contábil. Para superá-las, o artigo propõe uma série de deslocamentos: ontológico (da especialização para a totalidade), metodológico (da linearidade para a complexidade), temporal (reconhecendo o tempo na formação do pensamento) e praxiológico (integrando considerações éticas em uma tecnociência que resiste à segregação e ao sequencialismo). Em conjunto, esses deslocamentos traçam um novo caminho rumo a uma concepção holística do pensamento contábil.