Cidades venezuelanas e latino-americanas caracterizam-se por hibridismo-miscigenação na sua fatura formal-informal, mesmo por sua insustentabilidade resultante da urbanização da pobreza, dispersão, assimetrias na qualidade de vida e défice de cidadania. Para superar esses déficits, executam-se na Venezuela políticas-programas sociais como Cidadania Plena (PCP), os programas da governação do Zulia e as missões do governo nacional. O artigo analisa brevemente o potencial destes programas de construção de cidadania e de cidades sustentáveis desde a sua formulação como política-programa. Os programas caracterizam-se e comparam-se considerando: objetivos, agentes envolvidos, modelos de gestão e valores. Conclue-se que os três programas concordam com o diagnóstico do problema e diferem, no caso do modelo de gestão aplicado, nos atores envolvidos e os valores assumidos. O PCP reforça o capital social, empoderando os cidadãos e programas nacionais e estaduais através do marketing de resultados e acrecenta a legitimidade e capital político por meio de subsídios, que de forma diferencial, reforçam a dependência e obstam a formação de cidadania e cidades sustentáveis