O alto grau de vulnerabilidade da população deslocada e o baixo impacto dos programas dirigidos a essa população, tem trazido como resultado a resolução de problemáticas de vivenda, baixo condições de ilegalidade, originadas pela criação de bairros com baixa qualidade de vivenda em termos de habitabilidade. Em vês de propor uma avaliação da política da vivenda para deslocados pela violência, o artigo propõe uma análise da política pública de vivenda para deslocados. Nesta perspectiva, depois de apresentar a análise das políticas públicas como análise do “Estado em ação” e maneira de “resolver problemas,” se revisa a política pública de vivenda para a população deslocada. Também se compara com o problema que pretende resolver, pelo qual será possível afirmar que o caráter da política é centralista e assistencialista com territorialidade limitada e controlada. Do outro lado, a política pública da VIS urbana se caracteriza como uma política dual e hibrida, caso típico da “sec-territorialidade” e da “governança.” Considerando que as lógicas respectivas das duas políticas públicas não permitam pensar na resolução dos problemas de vivenda da população deslocada, o artigo propõe princípios gerais de uma política pública de vivenda “integral” para a população em situação de deslocamento.