Resumo
As implicações do conflito armado na Colômbia parecem querer se mitigar com iniciativas de construção simbólica da memória, as quais tendem a ultrapassar a teatralização da lembrança. Sem dúvida nenhuma tais iniciativas contribuem para garantir a não repetição dos fatos violentos que as permitiram, no entanto, acostumam negar espaços de reflexão da cotidianidade das vítimas, que é reconstruída em elementos como a linguagem. A partir dos relatos de algumas mulheres pertencentes à Associação de Familiares de Vítimas de Trujillo (AFAVIT), este documento visa analisar a maneira em que a vida é dotada de sentido, no dia a dia, mesmo como os repertórios a que alude para fazê-lo. Por trás fica a problematização sobre o papel da linguagem que reflete a eterna tensão que os sobreviventes sentem entre narrar o acontecido para evitar sua repetição, ou não dizer por efeitos dos riscos que ameaçam o seu bem-estar físico e emocional.
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