Resumo
O ensino integrado das artes motiva os alunos e complementa a aquisição de linguagem, permitindo aos alunos beneficiar de experiências interdisciplinares entre linguagem e arte (Haust, 2008). O artigo apresenta um projeto de investigação-ação de natureza inclusiva e transdisciplinar desenvolvido num contexto de diversidade linguística e cultural.
Os principais objetivos do estudo foram: (i) desenvolver competências de escrita através da arte em alunos de português língua não materna (PLNM) e (ii) melhorar as competências de escrita em alunos de língua materna, oriundos de meios socioeconómicos desfavorecidos.
O programa foi implementado numa turma de 3.º ano do 1º. Ciclo E.B e incidiu na produção escrita de textos descritivos. Os resultados obtidos no pós-teste mostram evoluções globais nas produções. Os textos são mais extensos, com marcadores textuais de macro e microestrutura do texto descritivo. Os alunos L2 evoluíram especialmente na qualidade das produções escritas e no enriquecimento de vocabulário.
Alarcão, I. (2000). Professor-investigador: Que sentido? Que formação? En B. P. Campos (Org.), Formação Profissional de professores no Ensino Superior (pp. 21-30). Porto: Porto Editora.
Ançã, M. H. (1999). Da língua materna à língua segunda. Noesis, 51, 14-16.
Ávila de Lima, J. y Pacheco, J. (2006). Fazer investigação: contributos para a elaboração de dissertações e teses. Porto: Porto Editora.
Barbeiro, L. y Pereira, L. (2007). Ensino da escrita: A dimensão textual. Lisboa: Ministério da Educação.
Buescu, H., Morais, J., Rocha, M. R. y Magalhães, V. (2015). Programa e metas curriculares de português para o ensino básico. Lisboa: Ministério da Educação.
Caels, F, y Mendes, M. (2008). Diversidade linguística na escola: uma problemática global. En M. H. M. Mateus, D. Pereira y G. Fischer (Coords.), diversidade linguística na escola portuguesa (pp. 271-293). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Camps, A. (2003). Secuencias didáticas para aprender a escribir. Barcelona: Graó.
Cassany, D. (1999). Construir la Escritura. Barcelona: Paidós.
Castro, D. (2005). Investigando o uso de L1 no processo de escrita em L2. Revista Virtual de Estudos da Linguagem, 3(5), 1-22.
Cassany, D. (2005a). Expression escrita en L2/LEE. Madrid: Arco Libros.
Cassany, D. (2009). La cooperación en ELE: de la teoría a la práctica. Tinkuy:,11, 7-29.
Costa, M. L. y Pereira, S. (2003). O texto descritivo no 1.º Ciclo do EB: implicações pedagógicodidáticas. En C. Mello (Org.)., Didática das línguas e literaturas em Portugal (pp. 131-137). Coimbra: Pé de Página Editores.
Costa, M. y Pereira, S. (2005). A produção de texto descritivo no 1.º ciclo do EB: detecção de alguns problemas. En A. Bárrios y J. Ribeiro (Eds.), Criatividade afetividade modernidade: construindo hoje a escola do futuro (pp. 131- 138). Lisboa: CIED.
Diário da República (14 de octubre de 1986). Lei n.º46/86 de 14 de Outubro. Lei de Bases do Sistema Educativo. Recuperado de https://www.dge.mec.pt/ sites/default/files/EInfancia/documentos/ lei_bases_do_sistema_educativo_46_86.pdf
Conselho da Europa (2002). Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. Lisboa: Edições ASA. Recuperado de http://area.dge. mec.pt/gramatica/Quadro_Europeu_total.pdf
Ewing, R. (2010). The arts and australian education: Realising potential. Victoria: ACER Press.
Faisal, F. y Y. Wulandari (2013). Improving students’ competence writing descriptive texts through “fresh” technique”. Journal of English Education, 2(1), 59-68.
Guedes, M. (2012). Projetos de arte: fazer para aprender. Escola Moderna, 22(5)6-11.
Galef Institute of Los Angeles. (2003). Different Ways of Knowing. Los Angeles: Galef Institute of Los Angeles.
Gouveia, A. y Solla, L. (2004). Português língua do país de acolhimento – Educação intercultural. Lisboa: ACIME.
Graham, S. (1999). The role of text production skills in writing development. Learning Disability Quaterly, 22, 75-77.
Graham, S. y Harris, K. R. (2000). The role of self-regulation and transcription skills in writing and writing development. Educational Psychologist, 35, 3-12.
Haust, B. (1998). Writing experiences across the art department curriculum. Writing Across the Curriculum, 29-35. Recuperado de http://wac. colostate.edu/journal/vol9/haust.pdf.
Hayes, J. y Flower, L. (1980). Identifying the organization of writing processes. En L. Gregg y E. Steinberg (Eds.), Cognitive processes in writing (pp. 3-30). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Hortas, M. J. (2013). Educação e imigração – Integração dos alunos imigrantes nas escolas do ensino básico do Centro Histórico de Lisboa. Lisboa: Observatório de Imigração.
Iwai, K. (2003). The contribution of Arts Educationto Children’s Lives. Trabajo presentado en Unesco Regional Meeting on Arts Education in the European Countries, Finlandia.
Kay, E. y Santos, M. E. (2003). Grelha de Observação de Linguagem: nível escolar. Recuperado de http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ ficheiros/eb_teste_diagnostico_3_6anoseb. pdf
Lima, J. A. y Pacheco, J. A. (2006). Fazer investigação. Porto: Porto Editora.
Marcuschi, L. (2005).Gêneros textuais: definição e funcionalidade. En A. Dionísio, A. Machado y M. Bezerra (Eds.), Gêneros Textuais & Ensino (pp. 19-36). Rio de Janeiro: Lucerna.
Marcuschi, L. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola.
Mateus, M., Pereira, D. y Fisher, G. (2008). Diversidade linguística na escola portuguesa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Neves, D. y Oliveira, R. (2001). Sobre o texto: contribuições teóricas para práticas textuais. Porto: Edições Asa.
Santana, I. (2007). A aprendizagem da escrita, estudo sobre a revisão cooperada de texto. Porto Editora.
Silva, M. C. y Gonçalves, C. (2011). Diversidade linguística no sistema educativo português. Recuperado de http://www.om.acm.gov.pt/ documents/58428/177157/Estudo46_WEB. pdf/ce922d56-158f-430b-a825-d1f563ceb697
Silva, P. (2012). Tipologias textuais: como classificar textos e sequências. Coimbra: Almedina.
The New York State Education Department (2010). Art as a tool for teachers of English language learners. Recuperado de http:// steinhardt.nyu.edu/scmsAdmin/media/users/ nbm3/art_tool.pdf
Vygotsky, L. (2009). A imaginação e a arte na infância. Lisboa: Relógio D’água.
Wang, W. y Q. Wen (2002). L1 use in the L2 composing process: An exploratory study of 16 Chinese EFL writers. Journal of Second Language Writing, 11(3), 225-246.
Zabala, A. (1998). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed.

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Direitos de Autor (c) 2018 Ágata Pereira, Carolina Gonçalves