Resumo
Este artigo visa aportar à compreensão do carácter sexuado generizado e racializado da colonialidade, desde uma aproximação crítica à noção de matriz colonial de poder. Recuperando as contribuições feministas de Federici e Lugones, complexaremos o lugar que gênero, sexualidade e raça têm na configuração do sistema de dominação. No caso de Federici, procuraremos recuperar o papel que assigna à caça às bruxas no processo de acumulação primitiva de capital, estendendo e complexando esta noção chave da teoria marxista. No caso de Lugones, apelamos a sua crítica a Quijano, para alongar os limites da compreensão em torno do lugar do gênero e a sexualidade na configuração da matriz colonial de poder. Retomando o giro descolonial como perspectiva crítica ao marxismo eurocêntrico, visaremos contribuir desde o feminismo, ao desprendimento androcêntrico da perspectiva descolonial
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