Resumo
Em um contexto de reconhecimento de comunidades indígenas em toda a República Argentina e por meio de estudo etnográfico no centro-oeste nacional, analisa-se o quefazer cotidiano mesmo que discursos e representações de funcionários de duas instituições estaduais da província de Mendoza. Uma, encarregada da gestão da água, e outra, do território departamental onde habitam comunidades indígenas-huarpe. Os funcionários de ambas as instituições concebem tais comunidades de forma diferencial. A primeira, desconsidera a sua presencia atual e justifica, a partir de discursos cientificistas, a rejeição a encaminhar alocações de água. A segunda, reconhece seus direitos embora limita sua capacidade de ação coletiva a partir de formas de interpelação identitária diversas e contraditórias. Expõe-se que, além das diferenças, ambas as duas adotam formas fingidas de reconhecer direitos de autonomia, de participação e acesso aos bens naturais, camuflando interesses particulares e até certo autoritarismo estatal.

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