Resumo
Em uma relação estreita com a promoção da inovação social, o movimento chamado de “design humanitário” visa atender os problemas da população em situação de pobreza, a partir de processos de design que consideram o entorno dos utentes. Este artigo problematiza tal tipo de design, abordando a exposição Design for the other 90% ―que percorreu várias cidades dos Estados Unidos entre 2007 e 2009―, desde as ligações do design humanitário com enfoques de mercado que reconhecem na pobreza um nicho em crescimento para a economia. Através de análise desta exposição vai se explorar a forma e que a natureza, tecnologia e corpos são representados para legitimar narrativas sobre produção e consumo de tecnologia no sul global. Por sua vez, vai se refletir sobre como tal exibição apela para estilos de vida nos Estados Unidos, articulados a formas de consumo e compreensões sobre ajuda humanitária.

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