Resumo
A fumigação aérea com glifosato foi componente central da política antidroga dos Estados Unidos e a Colômbia até 2015. Neste artigo faço seguimento etnográfico das reclamações de camponeses do Departamento de Putumayo, quem visam ser reparados pelo aspergimento aéreo da sua agrosilvicultura lícita. Desvelo até que ponto a evidencia que circula nestas áreas de guerra —sementeiras, culturas alimentares, coordenadas de GPS e documentos burocráticos— retém os traços da violência e toxicidade do glifosato. Ante a rejeição estatal sistemática às reclamações, alguns camponeses já procuraram transformar, através de diversas práticas, as ecologias alteradas ‘quimicamente’ nos seus territórios. Estes atos quotidianos de justiça são práticas reparadoras que produzem ecologias probatórias que, ao tempo que reafirmam a responsabilidade do estado, senti-atuam formas alternativas de justiça.

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