Resumo
«O lado mais obscuro do Renascimento» alude à colonialidade e não à caça de bruxas e alquimistas na Europa. Diria hoje, também, que a expressão nos remete ao momento histórico da fundação da colonialidade. Ao mesmo tempo, sua própria enunciação é questionada e a distinção entre objeto conhecido e sujeito cognoscente, pressuposição na qual se assentam as disciplinas do projeto eurocentrado da «modernidade» e da «modernização». O prefácio marca a enunciação na qual se anuncia o enunciado. Ou seja, rejeita-se a «epistemologia do ponto zero» que foi denunciada por Santiago Castro-Gómez. Isto é, o leitor deve estar sempre atento à enunciação que enuncia, à mão que desenha a mão. Para aqueles que moramos em Abya-Yala⁄América, a fundação histórica da modernidade⁄colonialidade nos envolve, somos parte vivente do processo que somente a alienação «científica» pode fazer crer que observamos algo (e. g., a colonização) que hoje nos toca no que nós somos
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