Resumo
Em nossos dias, a ampla difusão da sociologia eliasiana tem se baseado em grande medida na ênfase sobre a sociogênese do Estado. Isso tem implicado na prática o sacrifício do eixo psicogenético da teoria da civilização, mas por outro lado tem dado à obra de Elias uma acolhida favorável entre os numerosos estudiosos da interação das estruturas fiscais e militares no desenvolvimento institucional. As notas críticas na primeira parte deste artigo procuram chamar a atenção sobre os riscos patentes na convergência que se costuma propor entre o modelo sociogenético eliasiano e os esquemas mais simples da dialética fiscal-militar. Na segunda seção, o breve exame da construção do Estado no Chile desde 1830, procura ilustrar, rapidamente, a aplicação das observações de Elias sobre a monopolização da força e a tributação fora do contexto europeu para o que foram originalmente formuladas.

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