A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos os seres humanos são iguais em dignidade e direitos. No entanto, existem muitas razões poderosas para questionar a suposta universalidade atribuída aos Direitos Humanos. O objetivo principal desse artigo é fazer uma crítica à concepção universalista dos Direitos Humanos à luz das contribuições da sociologia de Boaventura de Sousa Santos. A partir dos diálogos interculturais sobre as diferentes concepções de dignidade humana, este autor propõe uma reconstrução cosmopolita e emancipada dos Direitos Humanos capaz de evitar seus atuais vieses eurocêntricos para responder às exigências das nossas sociedades culturalmente pluralistas e democráticas