Resumo
Este artigo elabora, em traços gerais, uma cartografia do que se denomina de campo político afrodescendente na América Latina. Após estabelecer uma série de critérios teóricos e metodológicos para a análise histórica dos movimentos negros na modernidade, e dos movimentos afro-americanos em particular, o artigo focaliza-se no surgimento dos movimentos afro-americanos na América Latina no final de 1980. Um dos argumentos principais é a origem de um campo político afrodescendente na América Latina na década de 1990, baseado em uma série de desenvolvimentos dentre os quais se encontram: a emergência de novos movimentos sociais, incluindo movimentos étnico-raciais de afros e indígenas; eventos de espectro regional como a contracomemoração de 1492, em 1992; a Conferência Mundial contra o Racismo de 2001, em Durban, África do Sul; e os efeitos do padrão neoliberal de globalização. O campo político afrodescendente está composto não somente por movimentos sociais, mas também por atores estatais e transnacionais (como o Banco Mundial e a Fundação Ford). O artigo conclui-se com uma análise dos desafios e perspectivas para a política afro-americana, em geral, e para os movimentos afro-latinos em particular, levando em consideração a crise atual do sistema-mundo moderno/colonial
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