A partir das anotações de Hegel, este artigo explora o desenvolvimento da obra artesanal na cultura moderna e, especialmente, sua relação com a arte e a religião. O texto parte da hipótese que o artesanato mantém o valor de uso como traço definidor, perante o processo de valorização que a arte desenvolve. Nesse sentido, a obra de artesanato tem a tendência, de maneira rápida e violenta, de oscilar entre uma tentativa permanente de sublimação e a mais elementar resistência material: ser definida a partir do uso e da destruição de si mesma