Resumo
Na Europa do último terço do século XIX, a imagem de uma máquina térmica, regida pelas leis da termodinâmica, tornou-se uma das principais metáforas que explicavam o funcionamento operativo da sociedade. No final do século XIX, especialistas em fadiga, nutrição e fisiologia do motor humano procuraram obter uma suposta solução neutra e objetiva dos conflitos políticos e econômicos próprios das cidades industrializadas, buscando meios para maximizar a produtividade enquanto se conservavam as energias dos corpos dos operários. Neste artigo, aprofunda-se em algumas das reformas e projetos sociais na Espanha da Restauração que foram informados pela doutrina do produtivismo energético. Destaca-se como essa doutrina repousava numa nova percepção tanto do corpo humano como do corpo social, intimamente relacionada com o sistema termodinâmico, questão que, por sua vez, chama a atenção sobre a importância de se considerarem outros saberes, diferentes dos médicos e biológicos, na racionalização e gestão do corpo e da população
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