Resumo
Durante a primeira metade do século XX produz-se na Bolívia uma redefinição dos contornos da identidade nacional. Ao longo deste período, marcado pela rebelião indígena liderada por Zarate Willka em 1899, o espectro da guerra racial e a migração aimara para a cidade de La Paz deram lugar à reconfiguração das noções de índio e de raça. Este artigo aborda essas transformações desde uma perspectiva histórica através do estudo da nomeada Semana indianista organizada em 1931. Especificamente analisa a influência que a condensação de expressões artísticas, intelectuais e rituais públicos que encenaram elementos indigenistas teve na reconfiguração da noção de raça e sua concomitante transformação nas concepções de bolivianidade, indianidade e folclore, contribuindo à conformação de representações ambivalentes, próprias das particularidades do indigenismo boliviano de começos do século XX.

A revista Universitas Humanística encontra-se registada sob a licencia Creative Commons Versão 4.0 Internacional. Portanto, esta obra pode se reproduzir, distribuir e comunicar publicamente em formato digital, sempre que dado o crédito apropriado para os autores e a Pontificia Universidad Javeriana. Permite-se citar, adaptar, remixar, transformar, autoarquivar, republicar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial, sempre que indicado apropriadamente o nome do criador, provido um link para a obra original e indicado se mudanças foram feitas. A Pontificia Universidad Javeriana não retém os direitos sobre as obras publicadas e os conteúdos são responsabilidade exclusiva dos autores, os quais conservam seus direitos morais, intelectuais, de privacidade e publicidade.
O aval sobre a intervenção da obra (revisão, correção, edição, tradução, formatação) e a subsequente difusão disponibiliza-se através de licença de uso e não através de transmissão de direitos, o que representa que a revista e a Pontificia Universidad Javeriana são isentas de qualquer responsabilidade que puder se derivar de uma prática ética pobre por parte dos autores. Em consequência da proteção fornecida pela licença de uso, a revista não fica na obrigação de publicar retratações ou alterar informações já publicadas, a não ser que a errata seja decorrente do processo de gestão editorial. A publicação de conteúdos nesta revista não representa royalties para os contribuintes.