Resumo
Este artigo analisa a forma em que foram utilizados discursos e contradiscursos na construção de frames por parte do ator-rede, Processo de Comunidades Negras, na sua interlocução com o Estado colombiano no marco das audiências da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) entre 2007 e 2013. Teoricamente são abordadas as noções de biopoder, biopolítica, governamentalidade e práticas discursivas desenvolvidas por Michel Foucault e a teoria dos Frames de Snow e Bendford. Metodologicamente analisam-se áudios e vídeos das audiências ante a CIDH. Na análise da interação Estado-peticionários afro identificaram-se frames, discursos e contradiscursos referidos ao racismo,a territorialidade, a vitimização das populações e mulheres afro e o conflito armado. As conclusões identificam frames em torno do tema de direitos humanos, orientados ao aproveitamento das oportunidades discursivas e políticas abertas pela CIDH para incidir nas decisões do ator estatal.
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