No início do século XXI, o conceito de "modernidade" não pode ser pensado como um modelo de desenvolvimento único e monolítico que segue padrões claramente ocidentais. Reconhecer no mundo de hoje uma grande diversidade cultural e uma pluralidade de pensamento, nos obriga a pensar não mais de uma modernidade, mas de múltiplas modernidades: cada uma delas respondendo a condições de tradições e culturas específicas. Este artigo explora a produção intelectual e acadêmica que a América gerou ao longo de sua história. A partir da análise das linhas antropológicas e do pensamento intelectual, ele compara dois conceitos radicalmente diferentes de modernidade e desenvolvimento. Um na América Latina, que ainda pode ser chamado de teocêntrico, e outro na América do Norte que, mais influenciado pelo modelo europeu, é antropocêntrico.