Abstract
Contemporary anthropology requires innovative methodologies that address sensitive issues in an ethical and collaborative manner. This article analyzes the potential of combining photography and ethnographic drawing through the collaboration between the artist and anthropologist Karina Kuschnir and the anthropologist Hannah de Vasconcellos, during the latter’s research on Black women and the racial dynamics of care. We examine the process from the conception of self-portraits to the production of photographs, the development of drawings, and the return of these images to the women portrayed. This path was built through multiple ethnographic dialogues, within the relationship between researcher Hannah and her interlocutors, as well as with the illustrator Karina. The work is inspired by the collaboration of Afonso and Ramos (2004), who define drawings as devices for co-creation, mnemonic and affective activation, and for evoking both visible and invisible meanings of social relations and material culture, contributing to the documentation and creation of new meanings in the interlocutors’ self-perceptions.
Afonso, A. I. e Ramos, M. J. (2004). New Graphics for Old Stories: Representation of Local Memories through Drawings. Em S. Pink, L. Kürti y A. I. Afonso (orgs.), Working Images: Visual Research and Representation in Ethnography (pp. 72-89). Routledge.
Barbosa, A. (2012). Ver, olhar e enxergar a cidade de São Paulo através das imagens. Em São Paulo cidade azul: ensaios sobre as imagens (pp. 31-44). Alameda.
Barthes, R. (1984). A câmara clara: nota sobre a fotografia. Nova Fronteira.
Barthes, R. (1990). A mensagem fotográfica. Em L. C. Lima (org.), Teoria da Cultura de Massa (3.ª ed., pp. 299-316). Paz e Terra.
Berger, J. (2005). Drawn to that moment. Em Berger on Drawing – Essays (pp. 41-44). Occasional Press.
Cavallo, G. (2024). Uma etnografia gráfica como forma de afeto e de memória: aflições, espíritos, e processos de cura nas igrejas Zione em Maputo. Etnográfica, 28(3), 803-823.
Damásio, A. C. S. (2024). “Nem precisa ler o que tá escrito, mas olha as fotos de mãe aí!”: notas etnográficas sobre devolução em campo e família. Áltera Revista de Antropologia, 17, 1-21. https://www.33rba.abant.org.br/trabalho/view?ID_TRABALHO=1200
Didi-Huberman, G. (1998). O que vemos, o que nos olha. Ed. 34.
Edwards, E. (2021). Fotografias: a forma material e o arquivo dinâmico. Em T. M. Flores, S. M. de S. Corrêa e S. Vasconcelos, Soraya (orgs.), Imagens & arquivos: fotografias e filmes (pp. 17-36). Editora da UFRGS.
Fleischer, S. (2015). Autoria, subjetividade e poder: devolução de dados em um centro de saúde na Guariroba (Ceilândia/DF). Ciência & Saúde Coletiva, 20(9), 2649-2658. https://doi.org/10.1590/1413-81232015209.03312015
Fonseca, C. (2008). O anonimato e o texto antropológico: dilemas éticos e políticos da etnografia ‘em casa’. Teoria e Cultura, Juiz de Fora, 2(1-2), 39-53.
Freitas, Kênia y Messias, J. (2018). O futuro será negro ou não será: Afrofuturismo versus Afropessimismo - as distopias do presente. Das Questões, 6(1), 1-20. https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/article/view/18706
Gama, F. (2020). Antropologia e Fotografia no Brasil: o início de uma história (1840-1970). GIS – Gesto, Imagem e Som – Revista de Antropologia, 5(1), 82-113.
Geertz, C. (1978). A interpretação das culturas. Zahar.
Hartman, S. (2020). Vênus em dois atos. Revista ECO-Pós, 23(3), 12-33.
Kuschnir, K. (2016). Ethnographic Drawing: Eleven Benefits of Using a Sketchbook for Fieldwork. Visual Ethnography Journal, 5(1), 103-134.
Magnani, J. G. C. (2002). De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 17, 11-29.
Mazzella Di Bosco, M. (2024). Drawing as a Heuristic Practice Throughout the Ethnographic Process. Anthrovision, 11(1), 1-17. https://journals.openedition.org/anthrovision/10770
Mbembe, A. (2014). Crítica da razão negra. Editora Antígona
Oppitz, M. (Ed.). (2001). Robert Powell Himalayan Drawings. Volkerkundemuseum der Universität Zürich.
Pastoureau, M. (2014). Preto: História de uma Cor. Orfeu Negro.
Pereira, S. G. (2016). Arte, ensino e academia: estudos e ensaios sobre a Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. Mauad; Faperj.
Querido, A. M. (2012). Autobiografia e autorretrato: cores e dores de Carolina Maria de Jesus e Frida Kahlo. Revista Estudos Feministas, 20(3), 881-899.
Silva, L. M. (2015). Formação do artista: o ensino do desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes e suas transformações na Escola Nacional de Belas Artes (séculos XIX/XX) [Dissertação mestrado]. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Belas Artes, Brasil.
Taussig, M. (2011). I Swear I Saw This: Drawings in Fieldwork Notebooks, Namely My Own. University of Chicago Press.
Vasconcellos, H. L. A. de. (2024). Mercado da cura: as dinâmicas raciais do cuidado ou o encontro entre mulheres negras e o sagrado feminino [Tese de Doutorado]. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Karina Kuschnir, Hannah de Vasconcellos


