Resumen
El artículo analiza las contradicciones en las formas de construcción de la memoria de víctimas de violencia, materializadas en objetos, imágenes y discursos, en Río de Janeiro. Si bien estas son un argumento para que nuevas violencias no ocurran y se repare el mal sufrido, también refuerzan estigmas sobre identidades individuales y colectivas, y permean las relaciones de los familiares de las víctimas. A partir de una etnografía con familiares de víctimas, se visibilizaron los aspectos normativos y los usos de las experiencias pasadas, para impedir la repetición de los mismos tipos de violencia, presentes en situaciones liminares. Las preguntas sobre cómo y hasta qué punto las violencias deben ser recordadas es discutida, a partir de consideraciones éticas y morales, basadas en los trabajos de Margalit, Todorov, Ricoeur y Halbwachs, fundamentales para pensar las formas de agencia de las memorias individuales y colectivas.
Almeida, A. G. (2013). In memoriam: imagens do sofrimento dos familiares de vítimas da violência no Rio de Janeiro [tese de doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro]. https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/8355
Almeida, A. G. & Peixoto, C. E. (2017). Identidades em movimento. Uma etnografia em contexto de violência. Revista de Antropologia, 60(3), 186-210. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.141651
Araújo, F. A. (2015). Das “técnicas” de fazer desaparecer corpos. Lamparina.
Ariès, P. (1977). História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias. Francisco Alves Editora.
Barthes, R. (1985). Fragmentos de um discurso amoroso. F. Alves.
Boltanski, L. (1990). L’amour et la justice comme compétences: trois essais de sociologie de l’action. Éditions Métaillé. https://doi.org/10.3917/meta.bolta.1990.01
Boltanski, L. (1993). La Souffrance à Distance: morale humanitaire, médias et politique. Éditions Métaillé.
Borges, D. (2012). Medo do crime na cidade do Rio de Janeiro: uma análise sob a perspectiva das Crenças de Perigo. Appris.
Butler, J. (2004). Precarious Life: the powers of mourning and violence. Verso.
Butler, J. (2009). Frames of war: when is life grievable? Verso.
Butler, J., Gambetti, Z., & Sabsay, L. (2016). Vulnerability in resistance. Duke University Press. https://doi.org/10.1515/9780822373490
Carsten, J. (2004). After Kinship. Cambridge University Press.
Clifford, J. (1998). Sobre a autoridade etnográfica. In J. R. S. Gonçalves (org.), A experiência etnográfica. antropologia e literatura no século XX (pp. 17-42). Editora UFRJ.
Das, V. (1997). Language and body: transactions in the construction of pain. En A. Kleinman, V. Das & M. Lock, Social suffering (pp. 67-91). University of California Press.
Das, V. (1999). Fronteiras, violência e o trabalho do tempo: alguns temas wittgensteinianos. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 14(40), 31-42. https://doi.org/10.1590/S0102-69091999000200003
Das, V. (2007). Life and words: Violence and the descent into the ordinary. University of California Press. https://doi.org/10.1525/9780520939530
Das, V., Jackson, M., Kleinman, A., & Bhrigupati, S. (2014). The ground between: anthropologists Engage philosophy. Duke University Press. https://doi.org/10.1515/9780822376439
Elias, N. (2001). Solidão dos Moribundos. Jorge Zahar Ed.
Farias, J. (2014). Governo de Mortes. Uma etnografia da gestão de populações de favelas no Rio de Janeiro [tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. https://www.academia.edu/12412103/Governo_de_Mortes_Uma_etnografia_da_gest%C3%A3o_de_popula%C3%A7%C3%B5es_de_favelas_no_Rio_de_Janeiro
Ferreira, L. C. M. (2011). Uma etnografia para muitas ausências. O desaparecimento de pessoas como ocorrência policial e problema social [tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. https://www.academia.edu/42034174/Tese_de_doutorado_Uma_etnografia_para_muitas_aus%C3%AAncias_o_desaparecimento_de_pessoas_como_ocorr%C3%AAncia_policial_e_problema_social
Godoy, F. (2012, dezembro). Lei sobre controle de armas domina conversas em cidade do massacre nos Estados Unidos. O Globo. http://oglobo.globo.com/mundo/lei-sobre-controle-de-armas-domina-conversas-em-cidade-do-massacre-nos-estados-unidos-7069489#ixzz2PzfOpthF
Halbwachs, M. (2006). La mémoire collective et le temps. Cahiers internationaux de sociologie, (101), 45-65. https://doi.org/10.1522/cla.ham.mem3
Hikiji, R. S. (2012). Imagem-violência: etnografia de um cinema provocador. Terceiro Nome.
Jelin, E. (2002). Los trabajos de la memoria. Siglo XXI.
Jimeno, M. (2010). Emoções e política: a vítima e a construção de comunidades emocionais. Mana. Estudos de Antropologia Social, 16(1), 99-121. https://doi.org/10.1590/S0104-93132010000100005
Koury, M. G. P. (2001). Você fotografa os seus mortos? Em, Imagem e memória: ensaios em antropologia visual (pp. 51-94). Garamond.
Koury, M. G. P. (2003). Sociologia da emoção: o Brasil urbano sob a ótica do luto. Vozes.
Leach, E. R. (2010). Dois ensaios a respeito da representação simbólica do tempo. Em E. R. Leach, Repensando Antropologia (pp. 191-209). Perspectiva.
Leite, M. P. & Birman, P. (2004). Um mural para dor: movimentos cívicos-religiosos por justiça e paz. UFRGS.
Margalit, A. (1996). The decent society. Harvard University Press.
Margalit, A. (2004). The ethics of memory. Harvard University Press.
Nora, P. (1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, (10), 7-28. https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101/8763
Ricoeur, P. (2007). A memória, a história, o esquecimento. UNICAMP.
Rodrigues, J. C. (2006). Tabu da morte. Fiocruz. https://doi.org/10.7476/9788575413722
Sahlins, M. (2013). What kinship is and is not. The University of Chicago Press.
Silva, L. A. M. (2011). Polícia e violência urbana em uma cidade brasileira. Etnográfica, 15(1) 67-82. https://doi.org/10.4000/etnografica.828
Soares, G. A. D., Miranda, D., & Borges, D. (2006). As vítimas ocultas da violência na cidade do Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.
Sontag, S. (2003). Diante da dor dos outros. Cia. das Letras.
Todorov, T. (2000). Los abusos de la memoria. Paidôs Ibérica.
Todorov, T. (2004). Memoria del mal, tentación del bien. Península.
Troyer, J. (2007). Embalmed vision. Mortality, 12(1), 22-47. https://doi.org/10.1080/13576270601088525
Yates, F. (1999). The art of memory. Routledge.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2023 Aline Gama