Resumo
Este trabalho é um artigo de revisão que visa reconstruir episódios significativos para a disciplina antropológica na sua experiência de observação –através do método etnográfico– de aquilo que chamamos de ‘poder’. Argumento que tal experiência derivou em uma descoberta epistemológica central para o conjunto das ciências sociais que nomeio desontologização do Estado. Exploro três exemplos de diversificação dos objetos de observação etnográfica que prepararam o caminho para tal desontologização. Rejeito a pretensão de escrutínio crítico e exaustivo das etnografias sobre o Estado e por fim convido à reflexão sobre três dos problemas de ordem teórica conceitual que surgiram a partir dos resultados de pesquisa de essas etnografias: a análise dos mitos e ritos do Estado, o problema sua soberania e a pergunta pelo significado das suas margens.

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