Resumo
O engano e a mentira continuam preocupando os pesquisadores socias. Seja que se utilicem as ferramentas quantitativas e cualitativas (mesmo as etnógraficas), os pesquisadores achamos que os arrecados metodológicos como a triangulação, a re-entrevista ou o desenvolver um bom rapport, servem para apagar a distorção que introducem os informantes, e obter afirmações e categorias mais autênticas de nossos sujeitos sociais. Neste artigo eu descrevo um episódio de «mentira identitaria» (ou identidade Truta) que me ocorreu enquanto eu trabalhava em 1992 com veteranos do conflito anlgo-argentino pelas ilhas Malvinas (1982). Ao comparar as identidades dos veteranos da minha como antropóloga, mostro que as mentiras São parte das competências metacomunicativas com o que os veteranos e eu aprendemos a falar sobre «Malvinas». Com este giro reflexivo descubro que os informantes enganosos desafiam nossos supostos metodológicos não porque alterem a veracidade de nossos relatos, senão porque alumiam aspectos nodais de nossas próprias identidades no campo.
A revista Universitas Humanística encontra-se registada sob a licencia Creative Commons Versão 4.0 Internacional. Portanto, esta obra pode se reproduzir, distribuir e comunicar publicamente em formato digital, sempre que dado o crédito apropriado para os autores e a Pontificia Universidad Javeriana. Permite-se citar, adaptar, remixar, transformar, autoarquivar, republicar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial, sempre que indicado apropriadamente o nome do criador, provido um link para a obra original e indicado se mudanças foram feitas. A Pontificia Universidad Javeriana não retém os direitos sobre as obras publicadas e os conteúdos são responsabilidade exclusiva dos autores, os quais conservam seus direitos morais, intelectuais, de privacidade e publicidade.
O aval sobre a intervenção da obra (revisão, correção, edição, tradução, formatação) e a subsequente difusão disponibiliza-se através de licença de uso e não através de transmissão de direitos, o que representa que a revista e a Pontificia Universidad Javeriana são isentas de qualquer responsabilidade que puder se derivar de uma prática ética pobre por parte dos autores. Em consequência da proteção fornecida pela licença de uso, a revista não fica na obrigação de publicar retratações ou alterar informações já publicadas, a não ser que a errata seja decorrente do processo de gestão editorial. A publicação de conteúdos nesta revista não representa royalties para os contribuintes.