Desenhos etnográficos e conversas de migrantes: O mar, os fios e os retalhos que se juntam.
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Palavras-chave

Género
migração
Equador
correspondências
desenhos

Como Citar

Desenhos etnográficos e conversas de migrantes: O mar, os fios e os retalhos que se juntam. (2025). Universitas Humanística, 94. https://doi.org/10.11144/Javeriana.uh94.decm
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Resumo

Como desenhar o murmúrio do mar ou as mudanças da maré ao longo do dia? Deparei-me com essa questão quando Jota me enviou gravações de sons do mar no nosso chat do WhatsApp. Ele disse que queria que eu imaginasse a vila costeira para onde se mudara recentemente, uma vila que o fazia lembrar-se da praia na Venezuela onde nasceu e viveu até à adolescência. Neste artigo, reflito sobre encontros etnográficos com migrantes que vivem no Equador, alguns dos quais conheci durante a pandemia da COVID-19. As conversas que tivemos pelo WhatsApp depois que a quarentena começou, assim como os momentos que compartilhamos pessoalmente antes, se tornaram um repositório de vozes, sons e imagens, que, por sua vez, me levaram a desenhar momentos específicos. Assim, deparei-me com o desafio de desenhar os afetos que ligam um grupo de mulheres migrantes —como uma trepadeira ou correntes tecidas em croché— ou de encontrar traços no papel para uma filha que cuida da mãe à distância, na forma de retalhos de tecido. Os cinco desenhos que coloco em discussão neste texto criaram espaço para evocar experiências complexas e sensíveis, ao mesmo tempo em que me pergunto como elas poderiam ser expressas em um formato gráfico (Dix e Kaur, 2019); para situar a relação entre os desenhos etnográficos e formas de memória que nem sempre se traduzem no textual (Bonanno, 2019); e, acima de tudo, para pensar a etnografia como “uma espécie de esforço arquivístico que conecta e desdobra campos afetivos, materiais e temporais” (García, 2016).

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Copyright (c) 2025 Cristina Yépez Arroyo