“Tabule e tabu”: no palco uma salada de gênero, sexualidade, política e revolução a partir do cómico, se não fosse trágico
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Este artigo apresenta os caminhos e reflexões da pesquisa e prática cênica do espetáculo Tabule, uma tragicomédia árabe. A peça foi apresentada pela primeira vez em novembro de 2011 no Sesc Rondônia quando eclodiu a Primavera Árabe. O trabalho traz o processo de escrita do texto dramático com ênfase na escolha dos temas e nos processos de encenação, privilegiando a montagem de um unipessoal. Usando o recurso do cómico, mas “rindo para não chorar”, a obra dialoga com o contexto histórico no que tange o ocidente x oriente trazendo às questões de gênero, sexualidade, liberdades, xenofobia, terrorismo e migrações. A partir da voz de uma libanesa que em seus fluxos migratórios presenciou e sentiu na pele as revoluções do mundo árabe. Zahara, já no Brasil, leva para o palco um relato/ depoimento sensível do que é/foi para ela ser mulher tanto no mundo árabe como no Brasil.