As músicas da Associação Nacional de Usuários Camponeses e a produção musical do camponês litorâneo durante a reforma agrária
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Como parte de uma homenagem a Máximo Jiménez, recentemente falecido, músico compositor membro da Associação Nacional de Usuários Camponeses (ANUC) e líder social comprometido, recorro a minha própria prática artística acompanhando-o na caixa vallenata para reconhecer nas suas músicas e produções musicais um discurso cantado em gênero vallenato de resistência e denúncia de condições sociais de abuso contra o campesinato, opostas ao discurso tradicional que ele reproduzia. Começo por contextualizar as condições sociais e econômicas do Litoral Caribe desde meados do século 20 para demonstrar um cenário pré-capitalista (feudalista-escravista) em torno de plantações e fazendas, de onde faço reconhecimento à função da ANUC visibilizando tal situação, denunciando o abuso dos fazendeiros e a cumplicidade, se não a ausência, dos governos para abrir caminho à reconstrução da memória coletiva através da pesquisa-ação participativa (IAP), com Orlando Fals Borda, que realimenta a prática artística do campesinato da ANUC. Dentro dessa variegada produção artística, selecionei o álbum El indio del Sinú de Máximo Jiménez para desvendar seu caráter conceitual, investigar suas músicas, considerar os critérios e as categorias de análise crítica do discurso, estudar a capa e seu conteúdo simbólico e destacar a importância desta produção na missão da ANUC de retorno sistémico do conhecimento à comunidade. Concluo reconhecendo desde uma entrevista com Víctor Negrete e algumas estatísticas sobre reparação o reconhecimento estatal do abuso das elites no Litoral Caribe e a perseguição que sofreram os membros da ANUC, o próprio Máximo Jiménez e sua família, por elevar estas denúncias, neste caso, em suas músicas vallenatas.
precapitalismo, abuso, álbum conceptual, vallenato, memoriapré-capitalismo, abuso, álbum conceitual, vallenato, memória
Berger, John. 2016. Modos de ver. Barcelona: Gustavo Gili.
Carrasco Calvi, Alma Soledad. 2016. “Discos conceptuales: El más allá de la música”. Letras, 65-69.
Coy Herrera, Luisa Fernanda. 2017. “Narrativas catadas en salsa como un discurso de liberación de la sociedad latinoamericana”. Tesis de grado. Corporación Universitaria Minuto de Dios. https://repository.uniminuto.edu/bitstream/10656/5106/1/THUM_CoyHerreraLuisaFernanda_2017.pdf
Fals Borda, Orlando. 1976. Capitalismo, hacienda y poblamiento en la Costa Atlántica. Bogotá: Punta de Lanza.
Fals Borda, O. (1986). La historia doble de la Costa. Vol. 4: El retorno a la tierra. Bogotá: Carlos Valencia.
Figueroa, José Antonio. 2009. Realismo mágico, vallenato y violencia política en el Caribe colombiano. Bogotá: Instituto Colombiano de Antropología e Historia.
García Canclini, Néstor. 1990. Culturas híbridas: Estrategias para entrar y salir de la modernidad. México: Grijalbo.
Historia-arte.com. (s. f.). “La portada del Sgt. Pepper’s de los Beatles:Colección de iconos comentados uno a uno”.https://historia-arte.com/obras/sgt-pepper-s-lonely-hearts-club-band
LeGrand, Catherine. 1983. Campesinos y asalariados en la zona bananera de Santa Marta (1900-1935). Vancouver: Universidad de British Columbia.
Monsalve Calle, Natalia Eugenia. 2017. “Dinámicas entre élites locales y multinacionales en zonas fronterizas: El caso del eje bananero en el Urabá antioqueño y la United Fruit Company (UFCO) 1960-1990”. Tesis de grado. Universidad de La Salle. https://ciencia.lasalle.edu.co/cgi/viewcontent.cgi?article=1044&context=negocios_relaciones
Quijano, Aníbal. 1998. “La colonialidad del poder y la experiencia cultural latinoamericana”. En Pueblo, época y desarrollo: La sociología de América Latina, editado por Roberto Briceño-León y Heinz R. Sonntag, 39-155. Caracas: Nueva Sociedad.
Richard, Nelly. 1994. Las insubordinaciones de los signos: Cambio político, transformaciones culturales y poéticas de la crisis. Santiago de Chile:Cuarto Propio.
Van Dijk, T. 2009. Discurso y poder. Barcelona: Gedisa.
Wallerstein, Immanuel Maurice. 1991. Unthinking Social Science: The Limits of Nineteenth-century Paradigms. Cambridge: Polity Press.
Wodack, Ryth. 2003. Métodos de análisis crítico del discurso. Barcelona: Gedisa.
Wodak, Ruth y Michael Meyer, ed. 2001. Methods of Critical Discourse Analysis. Londres: Sage.
Zabaleta Bolaños, Ivo. 2017. “El vallenato de ‘protesta’: La obra musical de Máximo Jiménez. Tesis de maestría. Universidad Nacional de Colombia. https://repositorio.unal.edu.co/bitstream/handle/unal/63138/IVO%20ZABALETA%20BOLA%c3%91OS.%20E L % 2 0 VA L L E N AT O % 2 0 D E % 2 0 P R O T E S TA . % 2 0MAESTR%c3%8dA%20EN%20MUSICOLOG%c3%8dA.pdf?sequence=4&isAllowed=y
Zavaleta, René. 1979. El poder dual en América Latina: Estudio de los casos de Bolivia y Chile. Madrid: Siglo XXI
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.