Quem não está pronto para a festa não está pronto para a guerra: pulsões de vida versus políticas de morte
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Palavras-chave

teatralidades latino-americanas
festa e guerra
contracolonialidade
políticas de morte
América Latina
corpos dissidentes

Como Citar

Quem não está pronto para a festa não está pronto para a guerra: pulsões de vida versus políticas de morte. (2025). Cuadernos De Música, Artes Visuales Y Artes Escénicas, 20(2), 190-205. https://doi.org/10.11144/javeriana.mavae20-2.fgpm
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Resumo

Este artigo é resultado do projeto de criação-pesquisa Laboratório de teatralidades latino-americanas: Festa e guerra, coordenado pelos docentes da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP) desde agosto de 2023. Com mais de vinte participantes, o espaço teórico-prático tornou-se uma oportunidade para pesquisar princípios comuns entre festas e lutas populares na América Latina. Exemplos de esses princípios são a ação e auto-organização em comunidade, a reivindicação pela memória e a justiça por meio de operações simbólicas dilatadas, a tomada de espaços públicos, a irreverência contra marcos normativos e o estado constante de coisas. Aliás, pensamos e experimentamos a festa e sua pulsão de vida como luta e resistência contra sistemas coloniais de mortandade que, há mais de quinhentos anos, tentam aniquilar todo e qualquer vestígio de corpos, saberes e memórias dissidentes que são considerados desnecessários pelas estaturas do poder. Tant a festa quanto a luta demandam um corpo urgente e coletivo que, com sua potência e afirmação de existência, dissipe as políticas de morte e desencanto do Cone Sul. No nosso laboratório,inventamos coletivamente dispositivos e jogos capazes de tecer essas duas instâncias, dialogando com seus princípios e, assim, por meio de explorações cênicas, construímos imagens corais que podem sublinhar na retina da memória a ideia e prática de que “estamos vivos apesar da morte”.

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