CONVOCATORIA| ICONOTOPÍA · SONOTOPÍA · ESCENOTOPÍA · VOLUMEN 21 NÚMERO 2
Convocatoria | ICONOTOPÍA · SONOTOPÍA · ESCENOTOPÍA VOLUMEN 21 NÚMERO 2
Fecha límite cierre de convocatoria: 16 de enero de 2026
Desde 2013, Cuadernos MAVAE incluye en cada número una separata dedicada a las prácticas artísticas contemporáneas, bajo el nombre Iconotopía. Su propósito ha sido ofrecer un espacio simbólico donde las imágenes habitan y generan sentido, articulando la reflexión crítica con la materialidad de la creación artística.A partir de 2026, la separata iconotopía amplía su alcance y se despliega en tres subcategorías complementarias, que reflejan la diversidad sensorial de las artes contemporáneas:
✵ Iconotopía – dedicada a las artes visuales.
✵ Sonotopía – centrada en producciones fonográficas y proyectos musicales.
✵ Escenotopía – orientada a registros audiovisuales de teatro, danza, cine y otras manifestaciones escénicas.
Con esta expansión, la revista busca propiciar un encuentro entre imagen, sonido y cuerpo, invitando a artistas y creadores a compartir sus obras más recientes en una plataforma editorial que une la experimentación estética con la memoria cultural.
Saiba mais sobre CONVOCATORIA| ICONOTOPÍA · SONOTOPÍA · ESCENOTOPÍA · VOLUMEN 21 NÚMERO 2
CHAMADA PARA ARTIGOS | Escritas fronteiriças: a palavra como prática artística e o corpo expandido na escrita
Escritas fronteiriças: a palavra como prática artística e o corpo expandido na escrita
Editora convidada: Marcia Cabreroa
CHAMADA PARA ARTIGOS
DATA LIMITE: 16 de janeiro de 2026
E
A escrita artística constitui, em essência, um ato de tradução impossível e necessária: impossível porque a arte habita um território pré-linguístico onde os significados gestam-se antes das palavras, porque a linguagem discursiva, com sua sintaxe linear e lógica sequencial, nunca consegue capturar completamente a experiencia viva do processo criativo, esse fluxo de decisões intuitivas, revelações corporais e saberes tácitos que resistem a ser fixos nas formas linguísticas convencionais. Necessária, porque, precisamente, por fracassar na tentativa de conter o inefável, gera um território intermediário onde a criação pensa-se a si própria. Neste interstício, a grafia torna-se o traço do gesto, o vocabulário o eco da percepção e o texto o mapa de uma viagem onde o fundamental continua a ser o território inexplorado para o qual aponta sem nomear completamente.
Esse ato de tradução funciona como ponte tendido entre dois modos de conhecimento que se precisam mutuamente, mesmo que nunca coincidam plenamente: o acadêmico, com seu rigor sistemático que ordena, demonstra e conclui, e o artístico, com sua verdade orgânica que vibra, duvida e reinventa-se. Nesse espaço fronteiriço, onde o acadêmico e o artístico se confrontam sem se anularem, emerge uma tensão vital que mantem essa escrita em constante busca de formas para expressar o que pode ser indizível, mas que vale a pena continuar tentando articular.
