O personagem oculto: memória, identidade e silêncio em “Marcas da violência”, de David Cronenberg
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este artigo aborda a impostura a partir da necessidade de esquecer no filme Marcas da Violência (A History of Violence, 2005) de David Cronenberg. O objetivo é estabelecer o funcionamento dos mecanismos de ocultação e revelação na reconstrução da identidade. Para tanto, utiliza uma metodologia que, com base em postulados teóricos da filosofia da memória e da pragmática da linguagem, propõe um modelo específico de análise da dimensão locucionária, ilocucionária e perlocutiva da linguagem dos personagens no diálogo e os conceitos de personagem patente, latente e ausente, a partir do modelo dramatológico de García Barrientos aplicado à poética narrativa. O resultado deste trabalho revela que a reconstrução do personagem acontece por meio de um processo dialético que se sustenta em um triplo eixo: experiência-esquecimento-impostura (personagem reconstruído), experiência-memória- defesa da impostura (personagem questionado) e revelação-experiência-nova impostura (caráter duplamente reconstruído). Finalmente, ressalta-se que escrever (e o cinema é escrever) fixa a memória para torná-la uma experiência do leitor, que contemplou o personagem percebendo-se como ele, compartilhando seus silêncios e sua memória, tornando-a também, como experiência, parte da própria
memory, imposture, cinematic dialogue, character, cinemamemoria, impostura, diálogo cinematográfico, personaje, cinememória, impostura, diálogo cinematográfico, personagem, cinema
Austin, John. Langshaw. 2004. Cómo hacer cosas con palabras. Barcelona: Paidós.
Cronenberg, David. A History of Violence. 2005; Estados Unidos: New Line Cinema, BenderSpink, 2005.
Cronenberg, David. Eastern Promises. 2007; Reino Unido: BBC Films, Astral Media, Corus Entertainment, Téléfilm Canada, Kudos Productions,mSerendipity Point Films, Scion Films, Shine Pictures, 2007.
Doležel, Lubomír. 1997. Historia breve de la poética. Madrid: Síntesis.
García Barrientos, José Luis. 1991. Drama y tiempo. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas.
García Barrientos, José Luis. 2001. Cómo se comenta una obra de teatro. Madrid: Síntesis.
García Jiménez, Jesús. 2003. Narrativa audiovisual. Madrid: Cátedra.
Gorostiza, Jorge y Pérez, Ana. 2003. David Cronenberg. Madrid: Cátedra.
Jitrik, Noel. 2007. Fantasmas semióticos: Concentrados. México: Fondo de Cultura Económica.
Lledó, Emilio. 1991. El silencio de la escritura. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales.
Marzabal Albaina, Iñigo. 2015. “Cuerpo, identidad y violencia (en un cierto cine contemporáneo)”. Eutopía 9: 139-147. Consultado: 3 de noviembre de2020. https://archive-ouverte.unige.ch/unige:133795/ATTACHMENT01.
Montes, Gustavo. 2009. “El silencio en el diálogo cinematográfico”. Enlaces 10: 1-9. Consultado: 3 de noviembre de 2020. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2897447.
Pavis, Patrice. 2002. Diccionario del teatro: Dramaturgia, estética, semiología. Barcelona: Paidós.
Piglia, Ricardo. 2006. Formas breves. Barcelona: Anagrama.
Ricoeur, Paul. 2004. La memoria, la historia, el olvido. Bueno Aires: Fondo de Cultura Económica.
Rodríguez Almaida, Johanna. 2014. “David Cronenberg y el cuerpo abierto”.Calle14: revista de investigación en el campo del arte 14: 44-54. https://doi.org/10.14483/udistrital.jour.c14.2014.2.a08.
Stanislavski, Konstantin. 1997. La construcción del personaje. Madrid: Alianza.
Vigne. Daniel. Le retour de Martin Guerre. 1982; Francia: Marcel Dassault, France 3, S.F.P.C, 1982.
Wagner, John y Vince Locke. 2004. Una historia violenta. Bilbao: Astiberri.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.