Resumo
A cultura contemporânea é moldada pela tecnologia da informação, em particular, pelas aplicações de inteligência artificial. Uno dos objetivos deste artigo é analisar como as práticas artísticas podem usar algoritmos de aprendizado de máquina como formas de resistência racial. Além disso, tirar da caixa preta o funcionamento desses aplicativos, relacionando o processo técnico que os artistas enfrentam. Analisar-se-á a percepção estética e narrativa em torno da inteligência artificial, o racismo na criação de conjuntos de dados para treinar esses algoritmos e as possibilidades que a inteligência artificial abre para repensar conceitos como inteligência e imaginação. Esta pesquisa enquadra-se a partir da subjetividade pós-humanista que utiliza a imaginação crítica para questionar a definição clássica e eurocêntrica do humano como medida do que nos rodeia. Por fim, descreverei o trabalho da artista contemporânea Linda Dounia e o seu interesse em incorporar a sua experiência como mulher senegalesa na formação de modelos de Redes Adversariais Generativas para refletir sobre a sua identidade.

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Copyright (c) 2023 Ruth Martinez-Yepes