Resumo
Uma primeira expressão da desigualdade de gênero nas pensões é a falta de informação sistemática e diferenciada por gênero, sobre cobertura de filiação e benefício previdenciário, o que limita a análise dos avanços na seguridade social para mulheres na velhice e nas metas de equidade de gênero. Na Colômbia, poucos estudos analisam a diferença de gênero nas pensões; O objetivo deste artigo foi analisar essa lacuna utilizando indicadores de cobertura de filiação e benefício previdenciário, nas informações da Grande Pesquisa Integrada de Domicílios 2008-2019. Resultados: A disparidade de género na taxa de adesão ao sistema de pensões se expressa numa diferença entre 5,2 pontos percentuais em 2008, com tendência a aumentar, atingindo 6 pontos percentuais em 2019. A diferença na taxa do benefício previdenciário se expressa em uma diferença de mais de 27 pontos percentuais em 2008, reduzindo para 24,7 pontos percentuais em 2019, redução que ocorre à custa de uma queda mais acentuada da taxa para os homens. Conclusão: A diferença de gênero na taxa de beneficiários de pensões evidencia a realidade atual quanto à baixa cobertura do acesso das mulheres à previdência social na velhice, e mostra a desigualdade estrutural de gênero nas pensões. A disparidade de género na taxa de filiação, documentada neste estudo, permite prever um futuro desfavorável, tanto para homens como para mulheres, no acesso à pensão, situação mais dramática para as mulheres.

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