Resumo
Antecedentes: Há algum tempo, tentativas têm sido feitas para explicar a relação das disfunções temporomandibulares (DTM) com fatores psicobiológicos. Está comprovado que o estresse psicológico produz alterações químicas no corpo. Um deles é o aumento dos níveis de cortisol regulados pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), o que desencadeia alterações corporais fisiológicas e patológicas, como a DTM. Objetivo: Analisar as evidências atuais sobre a influência do eixo HPA na DTM e métodos para medir os níveis de cortisol. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura a partir de uma amostra de artigos obtidos nas bases de dados PubMed, Google Scholar, ScienceDirect e Cochrane e publicados entre 2008 e 2022. Foram incluídas revisões narrativas, sistemáticas e meta-análises, além de estudos in vivo e in vitro. Resultados e Conclusões: Foram identificados inicialmente 220 títulos, dos quais 27 artigos foram selecionados para leitura e análise do texto completo. As evidências vinculam a dinâmica alterada do eixo HPA ao desenvolvimento fisiopatológico da DTM como uma resposta adaptativa a fatores indutores de estresse ambiental. A ativação desse eixo estimula a produção de cortisol, neuropeptídeos e mediadores inflamatórios, levando a sinais e sintomas característicos e aumentando a probabilidade de degeneração articular.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Daniela Belén Durán Urdiales, Elvita Paola Cárdenas Gómez, María Verónica Benalcázar Arias, Sandra Daniela Armijos Freire, Andrea Michelle Astudillo Uchupaille, Wilson Daniel Bravo Torres