v. 15 n. 1 (2020)

Dossier 15-1:Arte, naturaleza y cascada trófica. Editora invitada: Beatriz Eugenia Díaz

Nós, os humanos, saímos das redes tróficas? Qual é nossa relação com a natureza? O que chamamos de natural? Onde estamos localizados? No topo? Não há dúvida de que, entre os seres vivos, somos os maiores predadores do planeta Terra.  Hoje, estamos enfrentando cascatas de devastação produzidas por interesses econômicos. No entanto, experimentos ecológicos como aqueles em que as cascatas tróficas foram provocadas para recuperar o equilíbrio dos ecossistemas, nos enchem de esperança. Um exemplo é o do Parque Nacional de Yellowstone: vinte anos após reintroduzir catorze lobos em uma área onde a biodiversidade estava desaparecendo rapidamente, a série de acontecimentos que ocorreram a favor da restauração da área é impressionante.

Este dossiê busca reunir as reflexões de quem presta atenção às obras e ações realizadas pelos artistas (dentro das esferas da música, das artes sonoras, das artes visuais, das artes cênicas, das artes híbridas) que, empáticos com a natureza e, sentindo-se parte dela, decidem adotar a diversidade como uma força positiva que lhes permite estabelecer laços amigáveis com diferentes sistemas de vida e que, cientes de que cada ação afeta tudo direta ou indiretamente, por pequena que seja e independentemente de onde for produzida, eles mantém a esperança de produzir efeitos semelhantes aos das cascatas tróficas.