Resumo
Antecedentes: os processos de formação académica durante a pandemia da COVID-19 foram apoiados pelas tecnologias de informação. Porém, as condições do ambiente onde acontecem os encontros síncronos bem como a disposição dos alunos podem influenciar no aparecimento de distúrbios osteomusculares. Objetivo: identificar fatores associados aos distúrbios musculoesqueléticos em estudantes de odontologia do nordeste da Colômbia que receberam aulas virtuais mediadas por tecnologias de informação durante a pandemia de COVID-19. Métodos: estudo analítico transversal em alunos que receberam aulas na modalidade virtual durante o isolamento social devido à COVID-19. Foi aplicado o questionário Kuorinka validado, com variáveis sociodemográficas e práticas posturais durante as aulas virtuais. A associação foi avaliada pelos testes Chi2 ou teste de Fischer com p<0,05 considerado significância estatística. Resultados: participaram 170 (71,8 % mulheres), idade mediana de 20 anos (IIQ:19-22). De modo geral, 81,8 % relataram a presença de algum distúrbio osteomuscular em pelo menos um local anatômico (membro superior), sendo as costas o que mais incomoda (70 %) e gerando necessidade de mudança de local de trabalho (64,1 %). O uso de cadeira inadequada (distúrbio no pescoço) e a falta de alongamento assim como o uso de mesa inadequada (distúrbio no ombro) foram identificados como fatores associados (p<0,05). Conclusões: foi relatada alta prevalência de distúrbios musculoesqueléticos em estudantes de odontologia. A higiene postural é fator determinante para o aparecimento desses eventos derivados de aulas remotas mediadas pela tecnologia.

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Copyright (c) 2024 Andrea Johana Almario Barrera, Claudia Alejandra Orgulloso Bautista, Alison del Carmen Padrón Merlano, Jeison Andrés Díaz Cetina, Yeny Zulay Castellanos Domínguez